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Projeto retoma revestimento de casas de famílias carentes

Foto: Fabio Matavelli

A Associação Brasil Sem Frestas retomou o revestimento de casas das famílias carentes em Ponta Grossa após pouco mais de um ano com atividades suspensas desde março do ano passado em decorrência da pandemia. O projeto conta com a ajuda de 30 voluntários que revestem casas de madeira das famílias carentes com caixas de leite.

Com a ajuda dos voluntários, o projeto trabalha com a arrecadação das caixas de leite e na costura do material que é grampeado nas paredes das moradias. As camadas de alumínio funcionam como um isolante térmico. No inverno, deixa o ambiente oito graus mais quente e no calor ajuda a tornar a casa mais fresca.

O trabalho da Associação, que não tem vínculo com nenhuma instituição pública ou privada, começou em Curitiba e na região metropolitana atuando, principalmente, em casas de madeira, sem qualquer vedação contra o vento, frio e chuva.

Em Ponta Grossa, o trabalho começou em setembro de 2018 e até agora já foram revestidas 41 casas em diversos bairros como Uvaranas, Contorno, Vila Romana e Jardim Borato. A última moradia revestida foi a da professora da rede municipal, Nayane Maria Ferreira de Oliveira, no último domingo (29).

“A minha casa era muito gelada e entrava muito vento no inverno. Tenho criança pequena em casa e  então achei muito bacana. O nome do trabalho realizado por eles faz jus ao nome do projeto”, disse a moradora.

Nayane mora com o seu bebê, de apenas um mês, e outras duas crianças de 3 e 7 anos. A moradia conta com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. “Estou aqui há dois anos e meio e fui construindo ela aos poucos. Ainda não tem forro e sarrafo. Por isso que o projeto ajudou muito, não somente pelo lado estético, mas também pela segurança”, destacou.

Como funciona

Após a coleta, as caixinhas de leite são separadas por marcas e tamanhos. O material é cortado  e costurando formando as placas de revestimento. Elas são grampeadas em todas as paredes e teto das casas.

“Para o revestimento de uma casa são utilizadas cerca 1 mil caixinhas. O trabalho leva leva em torno de meio-dia. Temos muitos voluntários engajados, que exercem outras profissões, mas que se dedicam nesta ação. Além dos que nos ajudam com o revestimento das casas, tem aqueles que ajudam com as doações. Temos mais de 100 pessoas envolvidas aqui em Ponta Grossa”, disse a voluntária Raquel Gutierre Rossoni.

Cobertores térmicos

O Brasil sem Frestas não deixou de atuar quando suspendeu o revestimento das casas no ano passado. Em paralelo, o projeto confeccionou cerca de 150 mantas térmicas, com caixas de leite, para os moradores de rua. O projeto também confecciou máscaras, roupas de cama, toucas e aventais que foram doados aos hospitais de Ponta Grossa totalizando 200 mil peças produzidas de março de 2020 a junho de 2021.

Voluntários

Para ajudar basta entrar em contato com a rede social do Brasil Sem Frestas pelo Instagram/@brasilsemfrestaspg.

Conheça o material das caixas de leite

Papel-cartão: O papel-cartão é o principal material das embalagens de leite. Ele proporciona estabilidade, resistência e suavidade para a superfície de impressão.

Polietileno: O polietileno protege contra a umidade externa e permite que o papel-cartão grude na folha de alumínio.

Folha de alumínio: A folha de alumínio protege contra o oxigênio e a luz para manter o valor nutricional e o sabor do alimento na embalagem em temperaturas ambientes. O lado do alumínio fica para dentro das casas, proporcionando um clima agradável e melhor impermeabilização.

Fonte: http://brasilsemfrestas.com.br/

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