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Profissionais do Hospital Municipal falam à CEI da Saúde

Foto: Luiz Lacerda/CMPG

O diretor técnico, Marco Antônio Moutinho e a gerente de enfermagem, Jessica Senger Marin, do Hospital Municipal Amadeu Puppi, prestaram esclarecimentos ontem (18) à Comissão Especial de Investigação (CEI) da Saúde, instaurada na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa para apurar supostas irregularidades encontradas em auditoria da 3ª Regional de Saúde no funcionamento do Hospital Municipal e UPA Sant’Ana. Estava prevista ainda a participação do diretor clínico, Antônio Roberto Anjos Mansur, que não compareceu.

Durante o depoimento, Moutinho e Jessica deram mais detalhes sobre o funcionamento do HM, falaram sobre a transferência dos serviços de urgência e emergência para a UPA Sant’Ana e ainda rebateram alguns quesitos apontados na auditoria realizada por profissionais da 3ª Regional de Saúde. “Uma das falhas foi a UPA ter mudado antes de resolver o problema de documentação, que fez o Estado enxergar como se não houvesse a UPA Sant’Ana. O principal erro, ao meu ver, está na documentação. Se for olhar a documentação, a auditoria até pode estar certa, mas se for olhar o atendimento em si, faltou bom senso”, aponta Moutinho, ao responder o questionamento dos vereadores.

Um dos quesitos apontados pela auditoria foi que pacientes não usavam pulseira de identificação e para a ausência de identificação de leito. Sobre o quesito, Jessica destacou à vereadora Joce Canto (PSC) que a identificação dos pacientes é feita sempre. “Mas, eventualmente, um ou outro paciente pode ter retirado a pulseira, ou estava sem por algum outro motivo e isso acabou sendo apontado pelos auditores”, aponta. Sobre os problemas estruturais apontados pela auditoria, Jessica também destacou que não são recentes. “Estes problemas são de anos, com certeza de muito antes de eu entrar no Hospital”, explica a enfermeira que trabalha no hospital há sete anos.

Moutinho também criticou a auditoria ter apontado ausência de profissional na escala de cirurgia geral no HM. “Pode ter faltado no papel a assinatura de algum médico, mas não temos problema com escala na cirurgia geral. Isso, na prática, significa que a falta de um profissional para cirurgia, colocar em risco a vida dos pacientes. Não é algo que aconteça”, frisa.

Para Moutinho, na prática, a transferência dos atendimentos de urgência de emergência do hospital para a UPA ficaram um pouco comprometidos por conta da distância. “Pelo tamanho, a UPA absorve muita coisa, e por isso existe morosidade, sem falar que a maioria dos atendimentos não se trata de urgência e emergência”, afirma. “Por outro lado, como médico, não vejo erro na transferência, um hospital tem que ser hospital e UPA tem que ser UPA, é preciso organizar o que é atendimento primário, secundário…Não dá pra ter tudo no mesmo lugar”, aponta.

Para o presidente da CEI, vereador Filipe Chociai (PV), os depoimentos foram esclarecedores e ajudarão a CEI e ter os fundamentos necessários para dar continuidade aos trabalhos. Os depoimentos devem ser encerrados na próxima terça-feira (23), quando serão ouvidos o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Manjabosco, e o chefe da 3ª Regional de Saúde, Robson Xavier da Silva. Integram a CEI os vereadores Filipe Chociai (PV), Divo (PSD), Joce Canto (PSC), Jairton da Farmácia (DEM), e Ede Pimentel (PSB), relator da comissão.

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