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Professor da UEPG publica estudo preliminar sobre o câncer

O professor do Departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Giovani Favero, tem o artigo “Internalização celular de nanoemulsão contendo 7-cetocolesterol através do receptor LDL reduz o crescimento de melanona in vitro e in vivo: um relato preliminar” publicado na revista de medicina Oncotarget (Estados Unidos), um importante periódico no campo da oncologia e pesquisa do câncer – revista qualis A1. Como registra o resumo do trabalho, os oxiesteróis são derivados oxigenados de colesterol que possuem várias ações biológicas.

Entre os oxiesteróis, o 7-cetocolesterol (7KC) é conhecido por induzir morte celular. “Nós hipotezizamos que a Citotoxicidade 7KC pode ser aplicada na terapêutica contra o câncer”, observa Fávero, explicando que “o 7KC foi incorporado em uma nanoemulsão do núcleo lopídico”. Como principal executor do trabalho, o professor Fávero teve como parceiros três grupos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Potencial Promissor

Sobre o estudo, Fávero explica que mostrou a possibilidade de desenvolvimento de uma nanopartícula bioativa baseada em um colesterol oxidado presente no organismo humano com potencial antiproliferativo. “A estratégia de direcionamento da droga a um receptor que esta mais abundante em células tumorais quando comparada com as normais, aperfeiçoa o tratamento e minimiza os efeitos tóxicos”.

Os experimentos em cultura de células e em camundongos com melanoma mostraram eficácia, segundo Fávero. “Embora haja a necessidade de mais estudos pré-clínicos, incluindo o teste de outras linhagens celulares e eficácia de diferentes doses em termos de progressão e sobrevivência de melanoma (e outros tumores), os resultados preliminares sugerem fortemente que esta nova nanopartícula tem potencial promissor para aplicações de terapia no câncer”.

Ainda tratando das características do 7-cetocolesterol, Fávero diz: “É o colesterol produzido de maneira não enzimática mais abundante em nosso corpo. Quando liberado, ou seja, isoladamente é capaz de levar células a um processo de morte. Em nossa estratégia, quando constituído em uma nanoemulsão, o que chegar às células com abundancia de receptores de LDL sofrerão os efeitos desse composto, porém o excedente seria metabolizado pelo fígado e excretado via biliar nas fezes”, comenta.

 

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