A sugestão de R$ 3,80 para o novo valor da tarifa no transporte público de Ponta Grossa foi, quase que imediatamente, acatada pelo Poder Executivo. Desde o último domingo (10), a passagem de ônibus está dez centavos mais cara. No entanto, o reajuste, bem abaixo dos 50 centavos verificados em 2017, pode estar condicionado à oferta de valores diferenciados para a tarifa paga com bilhete eletrônico (cartão) ou dinheiro.
“A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa recomenda que em no máximo 40 dias todos os usuários do transporte coletivo façam uso do cartão de bilhetagem eletrônico, pois poderá ser cobrado valor diferenciado para o pagamento em dinheiro”, informou o Município no último dia 8. Como a análise da planilha feita pela Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte sugeria um reajuste para R$ 3,99, acredita-se que o custo no pagamento em dinheiro chegaria perto disso.
O sistema ficaria similar ao verificado em 2013, quando os usuários pagavam R$ 2,60 em dinheiro e R$ 2,50 utilizando o cartão. À época, um dos objetivos com a diferença era aumentar o número de usuários com bilhete eletrônico, dando agilidade aos pagamentos e reduzindo assaltos. Em 2015, a tarifa voltou a ser unificada.
A Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Ponta Grossa (Autrans) foi uma das primeiras entidades a se manifestar contrária à proposta, emitindo nota pública na qual aponta suposta ilegalidade na medida. “Em havendo a implantação dessas propostas inconstitucionais [de valores diferenciados] pelo Poder Concedente, caracterizará improbidade administrativa e caberá a propositura de ações em juízo, inclusive no TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná)”, aponta.
Indefinição
A assessoria de comunicação da Viação Campos Gerais (VCG), empresa que administra o sistema de transporte público de Ponta Grossa, informou que ainda não há nada oficial a respeito desse possível reajuste diferenciado. Já a Prefeitura, embora tenha indicado que a tarifa diferenciada poderia ser aplicada já no próximo mês, informou que “ainda está definindo alguns pontos dessa questão e irá se pronunciar assim que houver novidades”, conforme resposta de sua assessoria de imprensa.
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ELEMENTO
40 dias – foi o prazo sugerido pela Prefeitura para que os usuários passem a usar bilhete eletrônico
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LEGENDA: Movimento para fazer bilhete ainda é maior entre estudantes