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Prefeitura de Ponta Grossa divulga estudo com pico da covid-19 entre 11 e 25 de julho

Na tarde de segunda-feira (4), o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, recebeu em seu gabinete professores que realizaram um estudo* relacionado à previsão de evolução do coronavírus na cidade. Eles representam um grupo de estudos de epidemiologia dos departamentos de Enfermagem e Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

O grupo de professores está acompanhando a evolução da doença através de uma projeção de curva desde a primeira confirmação. “Nós estamos analisando desde o início, a partir do primeiro caso, tomando por base outras evidências, de outros municípios. No entanto, no decorrer dos dias, levando em consideração o dia 1 até o dia 43, verificou-se que a curva se comportava de uma maneira muito diferente em Ponta Grossa”, explica a pós doutora em epidemiologia, Camila Martins.

Em seu programa de rádio, na manhã desta terça-feira (5), o prefeito Marcelo Rangel mencionou a pesquisa, dizendo que o pico era previsto para o final de junho e início de julho. Mas a assessoria de imprensa enviou texto no qual a previsão é de que o pico seja entre 11 e 25 de julho.

 

Iniciativa

“Para nós é a certeza de estar tomando as ações corretas. De ter indicado isolamento social na hora certa, de ter realizado suspensão de algumas atividades no momento correto, e de agora poder trabalhar com a retomada de alguns serviços. Nossa intenção e compromisso é com a saúde dos moradores da cidade, fazendo com que todos tenham acesso aos serviços de saúde. Se a curva continuar esticando, não teremos muitos casos todos de uma vez, isso é ótimo”, comenta o prefeito.

 

Curva

Segundo os pesquisadores, os modelos preditivos foram construídos com base nessa movimentação da curva, considerando, então, modelos matemáticos de probabilidade, que estão sendo acompanhado pelo grupo. Esse modelo está verificando que a curva realmente tem um comportamento mais lento em Ponta Grossa, o que vai postergar o pico da pandemia mais para frente, no entanto, com menor número de casos.

“Caso as medidas de controle de mobilização social se mantenham efetivas e a utilização de equipamentos de proteção individual como máscaras, álcool gel e lavagem das mãos também se intensifiquem, isso contribuirá no controle da curva. Entretanto, essa perspectiva não garante a abertura total do comércio e demais segmentos que seguem suspensos, de forma desenfreada ou sem restrições. Essa curva, nesse movimento, permite ao município programar ações talvez de lockdown”, diz um dos pesquisadores, Carlos Eduardo Coradassi.

 

Avaliações

Conforme o estudo, a recomendação é de que seja feita avaliação diária do comportamento da curva, porque ela pode modificar e essas medidas também podem receber mudanças. “As medidas podem ser antecipadas ou postergadas, depende muito do monitoramento dos suscetíveis, do monitoramento dos suspeitos e confirmados de acordo com a definição de caso pelo próprio Ministério da Saúde. Além disso, deve levar em consideração o monitoramento dos doentes da taxa de ocupação hospitalar. Então tem várias situações, é multifatorial, por isso que ela precisa ser avaliada por um comitê diariamente. É uma situação muito rápida e uma tomada de decisão muito rápida também”, ressalta Camila.

Durante a reunião, a equipe enfatizou que a utilização de equipamentos de proteção individual, como a máscara, não substitui o isolamento, colabora no sentido de prevenção, mas nunca irá substituir o isolamento e distanciamento social que é a medida protetiva mais correta. “É o momento de se resguardar, é um momento de poupar energia, de se alimentar bem e de se manter em casa, sair pouco, e quando precisar, sair só protegido”, diz Coradassi.

* A Universidade Estadual de Ponta Grossa informou, por meio de nota, que o estudo não é institucional e não tem a chancela da reitoria. Ainda assim, os pesquisadores destacam que os dados reforçam a necessidade de isolamento social, medida que, em março, teve resultados positivos e achatou a curva de progressão local da pandemia. A UEPG reitera que os estudos oficiais da Universidade são publicados ou divulgados primeiramente no site e redes sociais institucionais.

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