Diante da reivindicação dos servidores da saúde, a prefeitura de Ponta Grossa voltou atrás na decisão de cortar o adicional de 40% de insalubridade de covid-19 e fará o pagamento relativo ao mês de agosto aos servidores que atuam na linha de frente na pandemia.
Segundo o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Rodrigo Manjabosco, em conversa com a prefeita Elizabeth Schmidt (PSD), entendeu-se que o corte do adicional foi abrupto e que poderia ser revisto. “Assim, nos foi autorizado a pagar em folha complementar o adicional de 40% do mês de agosto, deixando claro, no entanto, que a partir de setembro, retornará aos níveis prévios à pandemia”, destaca.
A maioria dos servidores, que já recebia 20% de adicional de insalubridade em grau médio, começou a receber o grau máximo durante a pandemia, chegando a 40%. O pagamento acontece desde agosto de 2020, retroativo a abril. Segundo Manjabosco, no entanto, os níveis de contaminação diminuíram, 100% dos servidores estão vacinados e que todos os profissionais contam com equipamento de proteção individual, e assim a insalubridade em grau máximo já não cabia mais. “Assim, no mês de setembro, a insalubridade será obtida por laudo no ponto de trabalho, retornando ao grau de insalubridade prévio à pandemia”, destaca.
Paralisação
Em assembleia na quarta-feira (1°), os servidores da saúde decidiram pela paralisação das atividades a partir de segunda-feira (6). Eles defendem que o pagamento do adicional seja mantido pelo menos até o final do ano, levando em conta que a pandemia continua.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (Sindserv), Roberto Carlos Ferensovicz, nesta sexta-feira (3), comissão dos servidores se reúne para definir os detalhes da paralisação, como percentual de participação e manutenção dos atendimentos de urgência. Segundo ele, o primeiro ato que será avaliado na segunda-feira será a proposta do Município a respeito do pagamento do adicional em agosto e corte a partir de setembro.
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