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Prefeitura de PG quer aproveitar antigo aterro para geração de energia sustentável

Prefeitura estuda utilizar 40 hectares do antigo Aterro Botuquara para geração de energia sustentável; enquanto isso, obras da Usina Termoelétrica Municipal a Biogás avançam

As atividades Aterro Botuquara foram encerradas em agosto de 2019 (Foto: Arquivo DC)

A Prefeitura de Ponta Grossa quer aproveitar a área de 40 hectares do antigo Aterro Botuquara, que deixou de receber resíduos sólidos em agosto de 2019 – depois de mais de 50 anos – para implantação de equipamentos que sirvam para geração de energia sustentável.

Por meio de aviso de edital de chamamento público 006/20, publicado na edição do Diário Oficial do Município na edição desta quarta-feira (26), a Prefeitura de Ponta Grossa abriu inscrição, por período de 30 dias, de possíveis interessados que possuam capacidade técnica de desenvolver e apresentar estudos de viabilidade, levantamentos, investigações, pesquisas, para subsidiar eventual processo de licitação, relativo a prestação de serviço público de produção e fornecimento de energia com uso da extensão do terreno do antigo Aterro do Botuquara e os recursos provenientes do mesmo – seja na modalidade fotovoltaica, eólica, gás, ou demais possibilidades. As informações sobre a inscrição, documentos e requisitos para a participação estarão disponíveis no site da Prefeitura, na aba Licitações.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Eduardo Oliveira de Barros, a intenção da prefeitura é verificar a possibilidade de geração de energia sustentável na área. “A gente entende que a área do antigo aterro, que possui 40 hectares, poderia ser utilizada para geração de energia fotovoltaica, principalmente em cima da massa de lixo, trabalho que já é feito em alguns lugares do mundo. Poderia também ser feito o estudo de viabilidade para implantação de dois a quatro aerogeradores de energia eólica, até porque o mapa de ventos da região mostra possibilidade de aproveitamento dos ventos. Por fim, poderia ser aproveitado o gás gerado no aterro; no entanto, este é não o principal objetivo porque o aterro não foi preparado tecnicamente para isso”.

Segundo o secretário, com o encerramento das atividades do aterro, a prefeitura esperava encontrar uma nova destinação para o espaço. “A gente já tinha estas possibilidades em mente, mas esperamos algumas pesquisas mais aprofundadas e viabilização de um novo aterro para então buscar alternativas de uso do solo do antigo Aterro Botuquara”, acrescenta.

Usina Biogás

Além disso, está sendo construída a Usina Termoelétrica Municipal a Biogás, que vai transformar lixo orgânico em energia elétrica, pela empresa Ponta Grossa Ambiental (PGA) – concessionária responsável pelos serviços de limpeza urbana no município de Ponta Grossa. Nesta semana, o prefeito Marcelo Rangel (PSDB) divulgou algumas imagens das obras, que acontecem no distrito industrial.

Segundo a PGA, a usina termoelétrica a biogás para reciclagem de resíduos orgânicos deve entrar em operação até o final deste ano e terá capacidade para receber até 30 toneladas diárias de resíduos orgânicos sólidos e líquidos (óleo usado) coletados seletivamente, que serão transformados em biogás através de modernos biodigestores. A energia elétrica será gerada em grupos motogeradores a biogás, com potência suficiente para suprir os dois grandes hospitais municipais – Pronto Socorro e Hospital da Criança – e o prédio da Prefeitura, o que significa uma economia de aproximadamente R$ 270 mil por mês.

Aditivo

A construção da usina foi garantida com publicação do 36° aditivo contratual firmado entre Prefeitura e PGA, em janeiro, prorrogando o encerramento do contrato, que iria até 2024, para 2036. O investimento para a implantação da usina está estimado em R$ 9,2 milhões, recursos da PGA.

Em março, a Câmara de Vereadores chegou a aprovar decreto legislativo 02/20, de autoria do vereador George Luiz de Oliveira (Pros), que suspendia a renovação do contrato de concessão de coleta seletiva entre Município e PGA. No entanto, por meio de ação judicial, a empresa obteve liminar garantindo a manutenção do aditivo.

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