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Prefeitura de PG detecta covid em 80% das testagens realizadas

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Ponta Grossa estão realizando cerca de 1.300 consultas diárias de pacientes com queixas de sintomas respiratórios ao longo do mês de janeiro. Somente entre os testes realizados pelo Município, 80% apresentam diagnóstico positivo para covid-19 – a maior taxa de positividade desde o início da pandemia.

A informação é do secretário de Saúde, Rodrigo Manjabosco, presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), que participou de entrevista no estúdio do portal dcmais na manhã de quinta-feira (20).

Manjabosco também falou sobre o aumento expressivo de novos casos de covid-19 na cidade e destacou os riscos da nova variante ômicron, altamente contagiosa, que está circulando em Ponta Grossa desde dezembro de 2021. Ainda durante a entrevista, o secretário falou sobre as metas da vacinação contra o coronavírus para este ano e lembrou que a imunização em crianças de 5 a 11 anos começa nesta sexta-feira (21). Confira a entrevista.

“Antes nós não tínhamos um percentual tão alto de casos quanto ao que temos hoje” – Rodrigo Manjabosco, secretário de Saúde de Ponta Grossa. (Foto: José Aldinan)

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Ponta Grossa enfrenta alta taxa de positividade

O município enfrenta a maior taxa de contaminação desde o início da pandemia, segundo o secretário. “De cada 100 testes que temos realizado, 80 são positivos para a covid-19. É uma alta taxa de positividade. Antes nós não tínhamos um percentual tão alto de casos quanto ao que temos hoje. Além disso, nós temos visto uma grande procura somente de pessoas com sintomas respiratórios nas unidades e UPAs, o que varia de 1200 a 1300 atendimentos por dia”, disse.

Manjabosco alega que o aumento da contaminação se dá pela variante ômicron que pode ser sete vezes mais infectante que a variante delta que estava em alta no ano passado. “A diferente é que hoje a ômicron tem o enfrentamento da vacina que ocasiona sintomas leves e gripais. Mas observamos um grande público sento acometido e isso tem trazido problemas aos serviços de saúde, pois os nossos profissionais estão sendo contaminados e afastados”.

Por outro lado, com um número grande de público sendo infectado, o vírus pode encontrar pacientes mais suscetíveis e frágeis. “Estamos percebendo novamente um internamento por covid em leitos de enfermaria e também em UTI. Normalmente isso por vir a acontecer também em pacientes que não completaram o esquema vacinal. A tendência é que nas próximas semanas nós tenhamos recordes de contaminação. Se os casos aumentarem, teremos problemas sérios na saúde pública”, alertou.

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Vacinação modificou a letalidade da doença

Para Manjabosco, a vacinação foi um divisor de águas durante a pandemia, pois reduziu a letalidade da doença. “Ela trouxe alento e esperança de vencermos a doença no sentido de diminuir o internamento, a entubação e o óbito. A doença era muito fatal e nós conseguimos ir modificando essa letalidade, ou seja, mudamos essa dinâmica do resultado. Hoje nós temos uma maior tranquilidade, pois sabemos que a doença até pode ser adquirida, mas os resultados finais, à princípio, não são graves. Talvez seja isso que tenha feito a população se descuidar e, por isso, hoje estamos tendo um aumento exponencial do número de casos”, destacou.

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Mais de 2 mil crianças devem ser vacinadas nesta sexta

O planejamento da Fundação Municipal de Saúde é imunizar 2.100 crianças, de 05 a 11 anos, nesta sexta-feira (21). A vacinação acontecerá em um único local e terá características distintas dos adultos e adolescentes. “Após vacinadas, as crianças serão colocadas em observação por 20 minutos e só então serão liberadas. Temos uma equipe preparada e uma estrutura montada para monitorar as crianças”, explicou o secretário.

Por determinação do Ministério da Saúde, primeiramente serão vacinadas as crianças com comorbidades, deficiência permanente, indígenas e quilombolas. “Até o momento, recebemos 700 cadastros com crianças nestas condições. Elas sempre terão prioridade dentro dos agendamentos. Mas, ao todo, estamos prevendo vacinar 37 mil crianças em Ponta Grossa”.

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Meta é vacinar 100% da população com a 3ª dose

De acordo com o secretário, a meta é vacinar 100% da população elegível com a 3ª dose da vacina nos próximos meses. “Ainda temos adolescentes que estão no processo de vacinação da segunda dose e com a vacinação das crianças vai aumentar o público em geral. No ano passado nós triplicamos a nossa meta com a aplicação das doses de reforço. Além disso, queremos atingir o mais rápido a vacinação das crianças com a primeira e segunda dose”.

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Prefeitura muda sistema para agendamento de vacinas

A Prefeitura de Ponta Grossa realizou mudanças no sistema para o agendamento de vacinas. Nas últimas semanas, o agendamento feito no site do município deixou de ser prático, causando um congestionamento no sistema. Há relatos de pessoas que tentaram se cadastrar nos últimos chamamentos, mas sem sucesso.

Segundo o secretário, as equipes de TI da prefeitura realizaram mudanças no sistema que começou a valer desde a última segunda-feira (17). “Nós mudamos a forma de agendamento nesta semana para não gerar a sobrecarga que derrubava o sistema automaticamente. Agora é realizado primeiramente o cadastro e o sistema vai preenchendo as vagas disponíveis com o cadastro e então às 18 horas nós divulgamos a lista com os horários de agendamento das pessoas. Acredito que com isso essa questão está resolvida”, finalizou Manjabosco.

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