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Prefeitura de PG desiste do projeto Parque Central

A Prefeitura de Ponta Grossa publicou em diário oficial, na última semana, a Lei 13.255, que altera a natureza jurídica de um imóvel de Olarias e permite que o terreno localizado na esquina da rua Ermelino de Leão com a avenida dos Vereadores seja vendido através de concorrência pública. Na prática, significa que a prefeitura está desistindo de um projeto audacioso, anunciado quatro anos atrás: o Parque Central.

Apresentado oficialmente em setembro de 2014, o projeto previa que o Parque Ambiental receberia uma completa revitalização e ampliação. Dividido em setores, o novo parque consistiria em uma estrutura de esporte e lazer, arborizada e com equipamentos que ofereceriam à população a travessia desde a área central até o bairro Oficinas, percorrendo pistas de caminhada e ciclovias. O local também faria referência, em seu paisagismo, à importância histórica que a ferrovia teve na formação da cidade. E a primeira etapa do projeto seria executada, justamente, no terreno que agora deve ser colocado à venda.

No local seria o chamado setor Águas de Olarias, com um anfiteatro e palco coberto, entre outros equipamentos. Para garantir a execução, em 2015 a prefeitura declarou o terreno de utilidade pública e, naquele mesmo ano, contratou uma empresa para elaboração de anteprojeto, ao custo aproximado de R$ 1,2 milhão. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, pouco mais de R$ 384 mil foram pagos à empresa, pelo desenvolvimento do projeto realizado para o primeiro setor, antes que o contrato fosse rescindido.

 

Alto custo

A execução total da obra, considerando os quatro setores compreendidos entre a rua Fernandes Pinheiro e o início da avenida dos Vereadores, era estimada pela prefeitura em R$ 9 milhões. Os recursos, pleiteados junto ao Paranacidade e ao BRDE, acabaram nunca chegando. “Durante o desenvolvimento do projeto, verificou-se que a obra seria inviabilizada devido ao seu alto custo de execução”, informou a prefeitura, por meio de sua assessoria de imprensa, acrescentando que não há previsão de novas intervenções referentes ao projeto Parque Central.

 

Cronologia do Parque Central

Setembro de 2014 – Prefeitura apresenta proposta do Parque Central, com investimento previsto de R$ 9 milhões, pistas de caminhada, espaços para esporte e lazer e reformulação do Parque Ambiental, onde já haviam sido instaladadas placas anunciando as obras.

Agosto de 2015 – Prefeitura assina contrato com empresa terceirizada, para elaboração de projeto para o parque. O investimento seria de aproximadamente R$ 1,2 milhão. Empresa executa projeto para primeiro setor, que teria 49 mil metros quadrados.

Setembro de 2015 – O Iplan aprova a identidade da comunicação visual do parque. Placas, calçadas e demais estruturas fariam referência à importância das ferrovias no desenvolvimento da cidade em conjunto com elementos da natureza. Decreto declara área de utilidade pública.

Agosto de 2018 – Câmara Municipal recebe proposta do Poder Executivo para alienação de parte do imóvel onde seria instalado o primeiro setor do Parque Central. Prefeitura avalia imóvel de mais de 14 mil metros quadrados em R$ 4,3 milhões. Vereadores aprovam e lei é sancionada.

Foto: José Aldinan

Foto: Divulgação

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