Menu
em

Prefeitura de PG analisa novos imóveis para tombamento

A prefeitura de Ponta Grossa analisa a inclusão de mais de 30 imóveis na lista de tombados pelo patrimônio cultural do município. Se fossem todos aprovados, a cidade contaria com aproximadamente 100 imóveis cuja preservação se daria por força de legislação. Atualmente, os imóveis já tombados são 64, em várias regiões da cidade.

O Diário Oficial desta sexta-feira (28) divulgou o endereço de mais cinco imóveis tombados preliminarmente no município. Entre eles está a casa de número 1313, na rua Ermelino de Leão, de propriedade de Cláudia Parubocz.

Para Cláudia, que tem uma empresa de serviços de conserto de equipamentos eletrônicos instalada no endereço, a inclusão no inventário deveria depender da aceitação dos proprietários. Ela se mostra contrária ao tombamento. “Quando o proprietário, por livre e espontânea vontade, cuida do imóvel e quer preservar, não vejo por que tombar. (…) O tombamento gera muitas limitações, tudo o que se vá fazer precisa de autorização. Além disso, a única ajuda do município é com desconto do IPTU, ao passo que a restauração se torna mais cara do que quando o imóvel está fora da lista”, argumenta.

A responsável pela Divisão de Preservação Cultural, Carolyne Abilhôa, lembra que os proprietários dos imóveis prestes a serem incluídos no inventário de tombamento também recebem o aviso por correspondência. “A partir da comunicação oficial, eles têm 40 dias para se manifestar caso sejam contrário ao processo”. O pedido para retirada da lista passa a ser analisado pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Compac). Entre os itens analisados para inclusão ou retirada dos imóveis estão a importância histórica, arquitetônica ou de uso do imóvel.

 

Inventário

O diretor do departamento de Patrimônio da Fundação Municipal de Cultura, Alberto Portugal, acredita que o tombamento é mal interpretado pela maioria da população. Ele explica que os cinco imóveis que acabam de ser incluídos na análise do Compac foram elencados por sua importância arquitetônica. “Dois dos imóveis têm características modernistas importantes, com projetos dos arquitetos Miguel Juliano e Vilanova Artigas, citados no livro Seis Casas Modernistas em Ponta Grossa. A inclusão no inventário é um pedido dos cursos de arquitetura na cidade”, explica.

 

Restauro

Os outros três imóveis citado em diário oficial possuem características de palacete, como ocorre com vários outros imóveis já tombados na cidade, detalha Portugal. “O tombamento não é um bicho de sete cabeças. O Centro Europeu, na rua Augusto Ribas é um bom exemplo de imóvel tombado que recebeu uso adequado. Além disso, existem cinco graus de tombamento. Os imóveis em inventário ainda não tiveram esse grau definido, e o Compac é muito ativo e coerente em suas decisões”, diz. Mas o diretor reconhece que a preservação de patrimônios esbarra na falta de recursos. O imóvel da Casa da Memória e da Casa da Vila Hilda são dois de propriedade do município que aguardam captação de recursos para receber restauro.

 

Novos imóveis em análise

– Rua Coronel Dulcídio, nº 1184

– Rua Ermelino de Leão, 1313.

– Rua Padre João Lux, n° 403.

– Rua Theodoro Rosas, n° 910.

– Rua Coronel Dulcídio, n° 481.

Fonte: Diário Oficial do Município

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.
Sair da versão mobile