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Prefeitura busca inserir indígenas em escolas

A Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (Faspg) e a Secretaria Municipal de Educação estudam uma forma de incluir as crianças indígenas no ensino oferecido pelas escolas da cidade. Esse é um dos objetivos de um censo a ser realizado nas próximas semana identificado com maior precisão o número e a origem dos indígenas que frequentam, periodicamente, o município.

A diretora do Departamento de Proteção Social Especial da Faspg, Thaís Verillo, explica que a contagem de indígenas teria início já nesta semana, mas a Prefeitura viu o grupo deixar a cidade entre a segunda e a terça-feira, em função das comemorações do Dia do Índio, celebrado nesta quinta-feira (19). “O número de indígenas aumentou na cidade, e esse foi um dos assuntos em nossa última reunião com representantes da Funai. Em fevereiro tínhamos cerca de 45 indígenas acampados junto à rodoviária e outros 30 na Casa do Índio, mas não temos esses dados atualizados”, comenta.

Após uma contagem atualizada, intenção era estabelecer uma forma de colocar as crianças na categoria de ouvintes, temporariamente nas salas de aula do município, como forma de garantir que eles continuassem o aprendizado. “As famílias nos contaram que as crianças estudam em suas tribos mas que, conforme a tradição, elas acompanham os pais quando saem para vender os cestos”, explica Thaís.

A Prefeitura já verificou que os indígenas em Ponta Grossa são provenientes de Cândido de Abreu, Faxinal e Manoel Ribas.

 

Limpeza

Na tarde dessa terça-feira (17), uma força-tarefa da empresa Ponta Grossa Ambientou aproveitou a saída dos indígenas para realizar a limpeza no entorno do acampamento montado ao lado da rodoviária, já que havia grande quantidade de lixo deixado no local. O município mantém um imóvel no Jardim Carvalho – a Casa do Índio – para a permanência temporária deles, mas muitos optam por acampar em espaços ao ar livre.

 

Venda de Cestos

Valdivina Carneiro, 41 anos, costuma permanecer pelo menos 15 dias em Ponta Grossa a cada vez que vem à cidade acampa junto com outros membros de sua tribo. Segundo ela, pelo menos seis famílias de caigangues de sua tribo vêm com frequência à cidade para comercializar os cestos de palha. Ela vem desde quando era criança, e assim foi com sua mãe e a mãe de sua mãe. “Sempre a gente vem para Ponta Grossa, que é onde vende melhor os cestos”, comenta. Fempre, como é conhecida pelo seu nome caigangue, é de Cândido de Abreu, e foi uma das últimas a permanecer em Ponta Grossa nessa terça-feira, mas no dia seguinte já viajaria também de volta à cidade natal, junto com seu filho de nove anos e a menina de quatro anos, filha de uma amiga, e de quem ela ajuda a cuidar.

 

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