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Preço de peixes varia até 49% em Ponta Grossa

Pesquisa nacional mostra que o bacalhau, por exemplo, encareceu 11,5% desde a última Páscoa

Foto : Jonathan Campos / AEN

Neste ano a Páscoa será celebrada no dia 17 de abril, ou seja, na próxima semana. E a poucos dias do início da Semana Santa, período marcado pelo aumento do consumo de peixes, o preço dos pescados varia até 49% de um lugar para outro em Ponta Grossa.

É o que aponta um levantamento feito pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais em três peixarias da cidade, sendo uma de uma rede de supermercados. Os preços foram obtidos por contato telefônico e também por catálogos de vendas disponíveis nas redes sociais.

A maior diferença foi encontrada no cação azul, carne de tubarão comumente utilizada em moquecas. É possível encontrar o corte por R$ 26,90 e também por R$ 40, por exemplo. 

Um dos peixes mais tradicionais do período pré-Páscoa, o bacalhau tem o preço variando até 39% em Ponta Grossa, no caso do Saithe salgado, e 22% no caso do Gadus Morhua salgado. No salmão foi encontrada uma diferença de 22% e na sardinha, a opção mais econômica, 30%.

Tilápia

O Paraná é líder nacional na produção de tilápia. No ano passado, foi responsável por 22% de todas as toneladas obtidas no país – e de lá para cá, teve o preço médio do peixe aumentando 9%. 

É o que aponta o relatório mensal do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), que calcula a média de preços oferecidos no varejo. Enquanto que em março de 2021 a média do kg era de R$ 47,31, no último mês o valor ficou estimado em R$ 51,62/kg.

Feira do Peixe

Mais uma vez a tradicional Feira do Peixe de Ponta Grossa será promovida apenas no formato digital. Nos próximos dias será disponibilizado um site que vai funcionar como uma espécie de catálogo, na qual o consumidor poderá conferir as opções disponíveis em cada propriedade para fazer encomendas e retirar os produtos in loco. A negociação de preço e pagamento será feita diretamente com o produtor.

O atendimento será feito nos dias 12 a 14 de abril, das 9h às 20 horas, e no dia 15 de abril, das 9h às 12 horas. Saiba mais neste link.

Inflação de Páscoa

Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro da Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) aponta que os pescados frescos da Páscoa registraram aumento médio de 8,3% em 2022, em comparação com o ano passado. A taxa já acumula a alta de 10% verificada em 2021. A mesma pesquisa aponta uma alta de 16,4% na sardinha em conserva e de 11,5% no bacalhau, por exemplo. 

Porém, Matheus Peçanha, economista e pesquisador do FGV IBRE, destaca que o consumidor deve ficar atento em relação aos preços praticados nos próximos dias. “A pesquisa não mostra, em definitivo, a elevação dos itens de Páscoa que o consumidor vai encontrar; só medimos o que aconteceu com os preços dessa cesta específica nos últimos 12 meses, até março deste ano. Os preços desses itens tradicionais podem subir mais ainda, dada a pressão sazonal da demanda às vésperas da Semana Santa”, afirma Peçanha.

Cuidados na compra de pescados

A seguir, confira algumas das recomendações do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR) sobre os cuidados na hora da compra de pescados:

  • Ao adquirir pescados o consumidor precisa estar atento ao peso líquido do produto, que, no caso de pré-embalado, deve estar claro na embalagem
  • O peso da embalagem não pode fazer parte do peso do produto. No caso dos congelados, a camada de glaceamento, uma fina camada externa de gelo que serve de proteção, não pode compor o peso do produto. Os pescados vendidos em feiras livres também devem cumprir essas regras, com pesagem na presença do consumidor, que deve ficar de olho na balança.
  • As balanças devem estar em local nivelado, com superfície plana, sem calços, e que suporte o peso colocado. Também deve ficar em local iluminado e de livre acesso ao consumidor para que possa verificar o selo de instrumento verificado do Inmetro. O uso de balanças comerciais de modelo não aprovado pelo Inmetro é proibido.

Em caso de dúvidas ou denúncias o consumidor deve entrar em contato com a Ouvidoria do instituto pelo e-mail [email protected], telefone 0800 645 0102, ou através do site do IPEM-PR, no link “Ouvidoria”.

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