*ATUALIZAÇÃO ÀS 13H09: Manifestantes deixam cartazes e saem da praça da Catedral
A praça da Catedral de Ponta Grossa voltou a receber manifestantes. A reportagem do DCmais esteve no local na manhã desta segunda-feira (9) e viu cerca de 10 pessoas em três tendas montadas, duas com marcas de máquinas agrícolas e uma de uma empresa que aluga a estrutura. Nas faixas, colocadas de frente para a 5ª Brigada de Cavalaria Blindada do Exército Brasileiro, estão pedidos de intervenção militar.
A reportagem tentou conversar com os manifestantes que estavam no local, mas eles afirmaram que as entrevistas só seriam concedidas por meio do envio antecipado das perguntas.
Histórico
A praça da Catedral, por ficar em frente à unidade do exército, já foi palco de um acampamento que durou desde a semana após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais até a semana passada, após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Há cerca de um mês a cidade ganhou repercussão nacional, inclusive, devido à realização de um casamento em meio ao acampamento. Relembre: Noivos se casam em acampamento diante de quartel em PG; veja vídeos
Acampamento
Após a manifestação que terminou com depredação de prédios públicos dos TRês Poderes ontem (8) em Brasília o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a desocupação total dos acampamentos postados em frente a quartéis do Exército em todo o país.
Os que insistirem, alertou o ministro, poderão ser presos em flagrante e enquadrados em pelo menos sete crimes diferentes. Saiba mais aqui: Após intervenção federal, Moraes manda acabar com acampamentos em frente a quartéis.
Diante desta decisão, a reportagem do DCmais entrou em contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), que gere a Polícia Militar do Paraná (PMPR), e com a Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública (SMCSP), que gere a Guarda Municipal, questionando quais providências devem ser tomadas em relação à nova manifestação – aparentemente fixa, devido às tendas – na praça da Catedral.
Até a publicação desta reportagem a SESP não deu retorno.
A SMCSP respondeu* o seguinte: “Em relação ao assunto mencionado pela reportagem, a Prefeitura informa que está acompanhando a situação e seus desdobramentos. Conforme determinação do STF, a desmobilização neste caso está sob responsabilidade da Polícia Militar, sendo o Município responsável pelo suporte dedicado à retirada dos materiais existentes no local. Por fim, o Município ressalta que, no momento, não há registro de acampamento na Praça da Catedral“.
Em relação à Polícia Militar, mais cedo, às 8h50, a equipe de comunicação social do 1º BPM foi questionada sobre o mesmo assunto no grupo de WhatsApp que mantém com a imprensa, e afirmou que ainda não tinha um posicionamento oficial pelo Estado. “Assim que tivermos, certamente será divulgado pela própria Secretaria de Estado de Segurança Pública”, complementou.
*MATÉRIA ATUALIZADA ÀS 12H50 PARA ACRÉSCIMO DA RESPOSTA DA SMCSP