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Potencial de consumo de PG cresce 14,6% e alcança R$ 10,2 bi

Em um ano, a alta foi puxada pela alimentação no domicílio, fumo e bebidas e todas as classes sociais tiveram aumento na estimativa

Ponta Grossa deve contar com R$ 1,3 bilhão em consumo girando a mais neste ano, no comparativo com o ano passado. O potencial de consumo da cidade cresceu, nominalmente (sem o desconto da inflação), 14,64% para 2021, alcançando a marca de R$ 10,22 bilhões. É o que aponta o estudo anual do instituto de pesquisa IPC Marketing Editora, especializado há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais.

Os dados locais, divulgados em primeira mão pelo Diário dos Campos, indicam que a cidade deve alcançar um crescimento superior ao brasileiro: considerando apenas o consumo urbano, que corresponde a 98,7% do total ponta-grossense, a variação nominal do município é 14,64%, enquanto que a do país chega a 13,6%.

“Em relação ao total do Brasil, o crescimento nominal de Ponta Grossa é ligeiramente superior, devido principalmente ao aumento de domicílios da classe A em Ponta Grossa, que foi de 12,2% entre 2020 e 2021”, avalia Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa.

Todas as classes socioeconômicas registram crescimento na estimativa de poder aquisitivo: enquanto que entre a população urbana a classe A cresceu 12,2% em total de domicílios e 13,3% em poder aquisitivo, na classe B caiu 3,4% o total de domicílios, mas cresceu 2,2% o potencial de consumo. A classe C aumentou 0,8% seu total de domicílios e 28,6% o seu potencial de consumo e a classe D/E cresceu em 5,8% o total de domicílios e 22,9% o potencial de consumo. No caso da população rural, o total de domicílios cresceu 1,45% e o consumo 14,15%.

Categorias

As categorias com os maiores crescimentos de potencial de consumo em 2021 refletem comportamentos intensificados na pandemia: alimentação no domicílio (+17%), fumo (+16,7%), bebidas (+16,2%), higiene e cuidados pessoais (+16%) e habitação (+15,8%). Nenhuma das 22 categorias avaliadas registrou queda e em todas o percentual nominal foi superior a 10%; o menor foi o registrado em educação, de +11,69%.

Em valores absolutos a ordem continua a mesma do ano passado: o ranking é liderado pelos gastos com habitação (R$ 2,38 bi), outras despesas (R$ 2,19 bi), veículo próprio (R$ 1,48 bi), alimentação no domicílio (R$ 879,4 mi) e alimentação fora do domicílio (R$ 395,5 mi).

Retomada econômica

Segundo o responsável pela pesquisa, o crescimento esperado para este ano é satisfatório, já que as perdas registradas em 2020, em função do isolamento social imposto pela pandemia, vão demorar para ser esquecidas. “Aos poucos, os brasileiros tentam voltar à rotina normal, e é isso que estimulará o consumo em 2021”, aposta Marcos Pazzini.

A pesquisa mostra que, em momentos de crise como a do ano passado, mercados já consolidados tendem a reagir com maior facilidade e a se recuperar mais rapidamente do que os menores e/ou fora dos grandes centros. É por esse motivo que as 27 capitais, após seguidas perdas, passarão a conquistar espaço no consumo nacional, respondendo por 29,3% do total de gastos. Assim, enquanto o interior também avançará, com 54,9%, a participação das regiões metropolitanas deverá cair para 15,8% neste ano.

Seguindo a mesma lógica, outro destaque fica por conta da Região Sul que, depois de 13 anos, retornará à vice-liderança no ranking de consumo entre as regiões brasileiras. Para Pazzini, a “forte produção industrial local, o agronegócio e a melhor distribuição da sua pirâmide social” podem explicar tal alavancada na economia sulista.

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