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Ponta-grossenses vão correr a 96ª edição da São Silvestre

Foto: Divulgação

Um grupo com pelo menos dez ponta-grossenses está em São Paulo em preparativos finais para a 96ª Corrida de São Silvestre. O tradicionalíssimo evento esportivo que ocorre no último dia do ano volta após ser suspenso em 2020 por conta da pandemia de covid-19. Em decorrência do risco de contaminação ainda existir, o evento de 2021 tem regras especiais. Uma das personagens que vai seguir essas recomendações é a experiente Maria Aparecida Chaves Vaz, ou simplesmente Mary Vaz, representante de Ponta Grossa nas corridas de rua.

Aos 55 anos de idade, Mary já perdeu as contas de quantas vezes esteve percorrendo os 15 quilômetros da São Silvestre. “Pior que esqueci, mas não deu 15 [participações] ainda”, brinca.

Para se ter uma noção do bom desempenho da ponta-grossense no esporte, na última edição da São Silvestre, em 2019, Mary completou o percurso pelas ruas paulistanas em 1h6min32s. Foi a mais rápida do país na faixa etária entre 50 e 54 anos. Ficou quase 8 minutos à frente da segunda colocada.

Maria Aparecida Chaves Vaz chega aos 55 anos como uma das melhores atletas da faixa etária no país. Foto: Arquivo Pessoal

Desta vez, ela não guarda tanta expectativa. Ainda existe no ar os receios causados durante os últimos meses pelo coronavírus. “Esse ano confesso que não muito animada para a São Silvestre por causa da pandemia”, diz. Mas o desânimo é marcado justamente pela falta da essência da São Silvestre: o encontro entre milhares de corredores de rua.

“A organização está tendo todos os cuidados com a pandemia, mas está sem graça. Muito parado. Bem diferente dos outros anos”, explica a corredora ponta-grossense.

Mary foi para São Paulo depois de passar um período nos Estados Unidos. Chegou na capital paulista e retirou o kit da prova. Além do número de peito ‘1873’, ela prepara a máscara – item que nunca precisou ser usado em 96 anos de São Silvestre.

Kit da São Silvestre 2021. Foto cedida por Maria Aparecida Chaves Vaz

De acordo com a organização, os corredores são obrigados a usar máscara na arena antes da largada e após a chegada. Durante a corrida, aconselha-se, preferencialmente, o uso da proteção. No entanto, o regulamento não obriga. Serão cerca de 22 mil pessoas no evento. Esse público já chegou a 35 mil em edições anteriores.

Prevenção

Na entrega dos kits, além da tradicional documentação, os atletas apresentaram comprovante de vacinação completa contra a covid. Aqueles que tomaram apenas uma dose foram obrigados a apresentar teste negativo RT-PCR ou antígeno nasal.

Para o dia da corrida, a organização suspendeu o serviço de guarda-volumes e vai permitir acesso à área de largada somente aos corredores com número de peito.

Mary Vaz chegou em São Paulo para a São Silvestre nesta quarta-feira (29). Foto: Arquivo Pessoal

Programação

A prova presencial da São Silvestre tem largada na Avenida Paulista e chegada na mesma via, em frente ao Edifício Cásper Líbero. Os cadeirantes largam primeiro, às 7h25 da manhã. A Elite Feminina parte às 7h40. Já a Elite Masculina e os demais corredores recebem o tiro de largada a partir das 8h05.

Atuais campeões da São Silvestre

Na edição de 2019, o queniano Kibiwott Kandie quebrou o recorde da prova ao completar os 15 quilômetros em 42min59s. Ele ultrapassou Jacob Kiplio, de Uganda, nos metros finais da prova, pouco antes de passarem pela linha de chegada. No feminino, Brigid Kosgei, também do Quênia, venceu com 48min54s.

Neste ano, a Elite A masculina terá 21 atletas disputando o título, enquanto no feminino serão 20 corredoras com chances de subir no degrau mais alto do pódio.

Promessa do repórter…

Participei da São Silvestre em 2019, depois de passar um ano praticando a corrida de rua e aumentando as quilometragens percorridas dia após dia. Fechei os 15 quilômetros em 1h55min37s. Corri bem os primeiros 10km debaixo de um forte calor e no terço final diminuí bastante o ritmo. Não importava. Pude ver que a São Silvestre é uma festa de confraternização entre atletas amadores de todo o país. Pura animação para a virada do ano.

Parei de treinar assim que a pandemia estourou. Um receio tomou conta e não tive coragem de manter as atividades em rua. Mas retomei… 19 meses depois e com duas doses de vacina aplicadas.

Fica então a promessa do repórter: 31 de dezembro de 2022 voltarei a percorrer as ruas de São Paulo, em segurança sanitária, com os milhares de corredores amadores do país.

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