O Centro Universitário Unicesumar protocolou junto ao Ministério da Educação (MEC) um pedido de abertura do curso de Medicina no campus de Ponta Grossa. Caso o pleito seja concedido, o Hospital Municipal Dr. Amadeu Puppi poderá servir para aulas práticas e residências médicas por meio de uma parceria público privada com a prefeitura. As informações foram divulgadas ontem pelo reitor da instituição Wilson de Matos Silva e corroboradas pela prefeita Elizabeth Schmidt durante visita do ministro da Educação Milton Ribeiro ao campus da Unicesumar.
Como a criação de novos cursos de Medicina estão proibidos no Brasil desde 2018, a estratégia para viabilizar a faculdade em Ponta Grossa é efetivar a transferência de 60 vagas já concedidas ao campus de Maringá, ainda não implantadas na prática, para o campus de Ponta Grossa. Uma cópia do requerimento protocolado no MEC em agosto deste ano, ontem foi entregue em mãos ao ministro pelo reitor, prefeita e deputada federal Aline Sleutjes (PSL), que fez o convite para o Milton Ribeiro vir à cidade e promover um curso sobre produção de projetos educacionais.
Ao fazer o anúncio, Wilson de Matos disse que “Ponta Grossa é muito atraente e tem muitos planos de crescimento na educação”. Explicou que o projeto é fazer uma associação das vagas entre os dois campi e acrescentou que 10% delas serão direcionadas a alunos que integram o Programa Universidade para Todos (Prouni). “A transferência das 60 vagas de Maringá para Ponta Grossa é importante. Protocolamos esse pedido no Ministério da Educação e aproveitei esse momento para conversar com o ministro. Vejo grandes possibilidades de dar certo”, disse
Carência
O reitor argumentou que existe uma carência de vagas para a formação médica na região dos Campos Gerais. “Existe aqui apenas um curso de Medicina com poucas vagas e a procura por alunos é sempre muito grande. Em Maringá, nós começamos há 12 anos com 40 vagas e hoje estamos com 298 vagas somente na faculdade de Medicina”, acrescentou. Já a prefeita Elizabeth Schmidt ressaltou que para Ponta Grossa a faculdade de Medicina seria importante para aumentar a oferta de atendimentos de saúde à população no Hospital Municipal. Disse que conversou com o reitor sobre o tema há cerca de dois meses.
O ministro da Educação respondeu aos pedidos dizendo que “aquilo que eu puder facilitar, conservando a seriedade e o conteúdo dos cursos, será feito”. Observou em seguida que “o Ministério da Educação é como se fosse um cartório onde dependemos da assinatura e do carimbo de muitas pessoas. Mas nós temos que acabar com a burocracia, punir os maus e dar oportunidade para quem quer fazer um trabalho bonito como a Unicesumar”.
A deputada Aline Sleutjes disse que o governo federal tem o compromisso com o desenvolvimento da educação. Ela salientou que a vinda de Ribeiro para os Campos Gerais vai atender mais de 80 municípios e aproximadamente 300 líderes, em evento sobre o FNDE, que ocorreu ontem à tarde. Disse que ao fazer o convite para o curso em Ponta Grossa, “o ministro prontamente respondeu que viria, pois seu lema é menos Brasília e mais Brasil, levando a educação onde ela precisa chegar”, falou Aline.
Helicóptero
Milton Ribeiro desembarcou no heliponto no campus da Unicesumar, de um helicóptero do Governo do Estado do Paraná por volta das 11h30. Veio de Curitiba acompanhado pela deputada Aline Sleutjes, do diretor de Ações Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Garigham Amarante, e da prefeita Elizabeth Schmidt. Outra parte da comitiva, formada por técnicos que participaram do curso a gestores de educação na parte da tarde, veio à cidade com uma van da Casa Militar.