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Cidades do PR retomam atividades coletivas com idosos. PG ainda não

Legenda (Arquivo DC): Volta das atividades tem sido gradativa e se deu após a aplicação da terceira dose da vacina.

No mês em que é celebrado o Dia Nacional e Internacional do Idoso – 1º de outubro – Curitiba e outras cidades do Paraná iniciaram a retomada das atividades coletivas que haviam sido suspensas, desde março de 2020, em decorrência da pandemia. A volta tem sido realizada de forma gradativa e se deu após o início da aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19 na terceira idade.

Em Ponta Grossa, a retomada gradativa das atividades no Centro de Convivência vai ocorrer ainda neste ano, sem data confirmada, conforme Instrução Normativa nº 01/2021. Entre as ações previstas  estão serviços de convivência e fortalecimento de vínculos em parceria com as entidades, atendimentos e orientações diversas.

De acordo com a Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (FASPG), um protocolo de retorno será realizado para cada atividade e divulgado aos usuários já atendidos. O uso da piscina e os bailes têm previsão de retorno somente para 2022.

Segundo a FASPG, o município tem 17.827 idosos cadastrados, sendo 5.280 de 60 a 64 anos e 12.547 com mais de 65 anos. Atualmente, também são atendidos 285 idosos no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.

Paraná

Neste semana, Governo Paraná deu início a 15ª etapa dos Jogos da Integração do Idoso (JIIDOS). Neste ano, Guaratuba e Pontal do Paraná foram as sedes escolhidas do evento e juntas reúnem 32 municípios, com aproximadamente 1.200 participantes, sendo 888 atletas e os demais integrantes de comissão técnica, professores, enfermeiros e servidores do Estado e dos municípios.

O objetivo é incentivar a participação e o lazer, com atividades lúdicas, esportivas adaptadas, recreativas, artísticas, socioculturais e de integração, garantindo melhor qualidade de vida às pessoas de 60 anos ou mais.

No final de setembro, a Prefeitura de Curitiba realizou uma semana voltada aos idosos que participaram de atividades esportivas em cinco Centros Esportivos com aulões de ginástica, hidroginástica e alongamentos.

Em Maringá, a volta das atividades ocorreu em 1º de outubro com a recepção do público da terceira idade no Centro do Idoso com recreação. E Cascavel retomou o projeto ‘Linha Felicidade do Idoso’ no dia 8 de outubro para aqueles que participam das ações desenvolvidas na Cidade do Idoso, que foi criada com o objetivo de oferecer atividades que contribuam no processo de envelhecimento saudável. 

Convívio social melhora saúde mental dos idosos, diz psicóloga

Na visão da psicologia, as relações sociais e a retomada do convívio auxiliam na melhoria da saúde mental, previne a depressão e o sedentarismo dos idosos. De acordo com a psicóloga Lílian Yara de Oliveira Gomes (CRP 08/1788), o convívio social é um dos fatores preventivos de doenças degenerativas através da participação de grupos de convivência, com atividades manuais e lúdicas que estimulem as funções cerebrais.

“O impacto do isolamento social foi significativo na vida de todas as pessoas. Mas, com certeza, o medo, a depressão e a ansiedade podem ter sido a consequência mais frequente nesse período. Mas, graças a vacina, estamos abrindo horizontes para a volta do convívio tão essencial”, destacou a psicóloga.

Mas o medo, de acordo com Lílian, ainda se mantém mesmo com a terceira dose da vacina. A psicóloga lembrou o trecho do depoimento de um paciente, de 79 anos, falando sobre a insegurança de sair às ruas: “É muito, muito difícil pensar em estar perto das pessoas de novo. Uma das coisas que mexem comigo é quando penso na possibilidade de algum dia estar novamente em uma sala lotada de pessoas sem máscara. Passei muito tempo ansiando desesperadamente por esse dia. Não quero ter medo, afinal é isso que eu quero. Ainda assim, há uma parte de mim que agora reage de uma maneira que eu não costumava reagir, que está aterrorizada”.

Por isso, a adaptação, segundo a psicóloga, deve ser feita aos poucos, por conta do pânico de voltar à ‘vida normal’. “Para eles, parece que tem algo ameaçador que pode lhes rondar. Voltar para uma vida normal, vai depender da expectativa de cada um, de seus desejos, objetivos e como terá condições de realizá-los. A convivência é muito importante, pois proporciona trocas, amplia horizontes. Mas, ainda assim, é preciso ter consciência que o mundo não é como antes”, finalizou.

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