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Ponta Grossa tem operação da PF envolvendo Sérgio Reis

(Foto: Reprodução)

Ponta Grossa tem operação da PF envolvendo o cantor Sergio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ). O mandado da Polícia Federal foi cumprido, na manhã desta sexta-feira (20), segundo fontes extraoficiais, em residência no Núcleo Santa Paula. O alvo foi um rapaz de aproximadamente 20 anos, que é técnico em informática, mas não estava em casa no momento da operação porque trabalha em outra cidade e teria viajado. No local foi apreendido um notebook.

Ao todo, foram cumpridos 13 mandados em seis estados – Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Ceará e Paraná – e no Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República no âmbito das investigações sobre ataques a instituições. Segundo a PF, o objetivo da operação é apurar “o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

Além de Ponta Grossa, a PF cumpriu mandado em diversos outros locais nesta sexta-feira. Um dos locais de busca da PF na manhã desta sexta-feira foi, inclusive, o gabinete do deputado Otoni de Paula, em Brasília. Diante da operação, o deputado divulgou um vídeo pelo Facebook no qual defende o direito de expressar seus pensamentos. “Não vou recuar um milímetro dentro do que a democracia me permite, dentro do que a Constituição me permite. Esse deputado federal aqui, esse cidadão brasileiro aqui investido da autoridade parlamentar não vai recuar um milímetro. Se alguém pensa que vou deixar de falar o que penso, se alguém pensa que vou deixar de ter a mesma postura que tenho, eu não vou deixar de ter. Alguém poderá dizer, você acha que pode ser preso? Não! Eu não fiz nada para ser preso. Claro que estamos vivendo em um estado exceção no Brasil”, afirmou.

Vídeo

Nesta semana, após vir a público um vídeo em que convocava caminhoneiros para um protesto no início de setembro contra o STF, Sérgio Reis passou a ser investigado em um inquérito aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal. O artista também é alvo de uma representação assinada por 29 subprocuradores gerais da República.

No vídeo que vem circulando pelas redes sociais, Sérgio Reis se dirigiu “aos amigos de Ponta Grossa” e convoca os caminhoneiros para uma concentração em Brasília, nos dias 4, 5 e 6 de setembro. O vídeo teria sido gravado por um amigo do cantor que reside em Ponta Grossa.

Durante a semana, o cantor disse que estava arrependido, mas que não tem medo de ser preso. “Se não fizer uma paralisação, não muda este país. Não sou frouxo. Não sou mulher. Cadeia é para homem. Eu não saí daqui de casa. Estou aqui em casa quietinho. Se a [Polícia] Federal vier me buscar, eu vou. Não matei ninguém. Não prejudiquei ninguém. Nunca falei mal de nenhum ministro”, afirmou.

Inquérito

O ministro Alexandre de Moraes determinou a instauração de inquérito solicitada pela Procuradoria-Geral da República, para investigar Otoni de Paula, Sérgio Reis e outras oito pessoas. Além da abertura de inquérito, o ministro determinou oitivas dos investigados logo após a realização da busca e apreensão.

Também foi definida restrição dos investigados de aproximação de um quilômetro de raio da praça dos três Poderes, dos ministros do STF e dos senadores. “A presente restrição somente não se aplicará ao deputado federal Otoni Moura de Paulo Júnior, em razão da necessidade do exercício de suas atividades parlamentares”, diz a decisão. Também foi expedido ofício às empresas responsáveis por redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter, Youtube) para que bloqueiem os perfis de titularidade dos envolvidos, e a proibição de se comunicarem entre si e de participarem de eventos em ruas e monumentos no Distrito Federal.

Leia mais: Sérgio Reis e deputado Otoni de Paula são alvos de operação da PF

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