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Ponta Grossa tem maior aumento de frota em cinco anos

Um levantamento realizado pelo Diário dos Campos aponta que o número de veículos em Ponta Grossa aumentou quase 4% de 2019 para 2020, passando de 205.369 para 213.456 veículos. São 129.369 automóveis, 24.397 motocicletas e 19.036 caminhonetes. O dado é o mais recente disponibilizado pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), e foi tornado público neste início de Maio Amarelo, mês dedicado a ações de prevenção aos acidentes de trânsito, que ocorre anualmente desde 2010.

Em um ano, mais de 8 mil novos veículos foram incluídos no trânsito da cidade. É o maior aumento nos últimos cinco anos, quando foram vários os esforços do município em melhorar a configuração do fluxo de veículos. Foram criadas rotatórias, instalados semáforos, faixas de pedestres, além da retirada de estacionamentos e equipamentos de alta tecnologia. Mas, para o diretor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), engenheiro civil e especialista em infraestrutura e transportes, Rafael Fontes Moretto, existe uma necessidade de mudança nas prioridades.

Um dos pontos principais ressaltados pelo engenheiro é o investimento em transporte coletivo e ciclovias como uma forma de estimular a construção de uma cultura social mais sustentável em termos de trânsito. No Paraná, atualmente, estão registrados 40.504 ônibus e 23.645 microônibus, informa o Crea-PR. Em Ponta Grossa foram criadas novas ciclovias nos últimos anos nos bairros Jardim Carvalho, em Oficinas, Uvaranas e Olarias e houve um esforço por tentar otimizar o transporte coletivo, mas a cidade carece de uso compartilhado entre os modais como incentivo ao uso de bicicletas.

 

Em 10 anos

“Sem política de investimentos no trânsito, em 10 anos teremos problemas sérios. É necessário e urgente o investimento em outros meios de transporte, como as modalidades ferroviária e metroviária (…), para que a sociedade não fique tão dependente somente do sistema rodoviário, como ocorre atualmente, tanto para escoamento de produção quanto para transporte de pessoas”, avalia o diretor do Crea-PR. Segundo ele, é preciso uma mudança de cultura das pessoas e investimentos em estruturas de trânsito alternativas.

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