Ponta Grossa possui hoje 34 obras contratadas pelo Município atrasadas. Além destas, outras quatro ainda nem começaram e 14 estão em andamento. É o que aponta levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). São consideradas obras paradas ou atrasadas aquelas que não seguiram o cronograma e que já deveriam ter sido entregues pela Prefeitura.
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Nesta terça-feira (18), o presidente do TCE, conselheiro Fernando Guimarães, esteve em Ponta Grossa para o lançamento do programa ‘Ver a Cidade’ que tem como objetivo acompanhar essas obras. Junto a uma turma de 12 alunos do curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), ele fiscalizou uma dessas edificações paralisadas: a Casa da Mulher Brasileira, que começou a ser construída nas proximidades da Arena Multiuso, bairro Oficinas.
A obra deveria ter sido concluída em dezembro do ano passado, segundo o cronograma original. Sua construção foi estimada em R$ 989 mil e está com pouco mais de 65% das obras executadas.
No local, o secretário municipal de Planejamento, Luiz Henrique Honesko, justificou que a Casa da Mulher precisou ser paralisada por que não havia ligação de esgoto.
Além desta, outras nove edificações, 22 trechos de pavimentação, uma obra de iluminação pública e uma praça estão atrasadas e na mira do TCE, que irá contar com o apoio da UEPG para verificar os problemas para o atraso em cada uma delas. No total, todas essas obras atrasadas custam cerca de R$ 112 milhões.
Sanções
A justificativa para o atraso, segundo o TCE, precisa ter argumentos e é isso que os acadêmicos da UEPG deverão responder. Caso a justificativa não seja plausível, o Município ficará sujeito a notificações, multas e até desaprovação de contas.