A movimentação de pessoas no calçadão da rua Coronel Cláudio, no Centro de Ponta Grossa, Paraná, diminuiu no início desta semana, em relação à semana do Dia dos Namorados. Também foi o início de uma nova forma de comércio, não mais com funcionamento escalonado por dia, mas sim por horários.
Às 15 horas, pontualmente, lojas de vestuário, artigos pessoais e outras atividades, que agora abrem diariamente às 9 horas, começaram a fechar suas portas. Em parte, simplesmente obedecendo ao decreto, que reserva o horário das 12 até as 18 horas apenas para lojas de eletrônicos e utilidades domésticas. Mas, também, porque foi exatamente às 15 horas que uma viatura da Guarda Municipal atravessou, lentamente, o calçadão.
A segunda-feira também foi um dia de maior rigor em relação à fiscalização sobre o cumprimento aos decretos municipais. Mas nem todos estavam cientes do mais recente decreto, o 17.395 que, entre outras coisas, prevê multa para quem não usar máscara. Pra quem já vinha obedecendo a lei, a mais nova não faz muita diferença.
É o caso de Sueli do Carmo, que na tarde de segunda precisou ir à lotérica pagar contas. Ela tem evitado sair sem necessidade. “A gente, quando sai, procura fazer uma porção de coisas no mesmo dia, e sempre de máscara”, comentou com a reportagem.
Comércio
O esforço da prefeitura é para permitir que o comércio evolua, ao mesmo tempo que a população se protege. Na prática, as perdas são flagrantes dos dois lados. Seja com a velocidade de contágio avançando na cidade que nem sempre respeita as regras – foram centenas de denúncias de aglomerações no fim de semana –, seja com a queda nas vendas.
Jeniffer Kordel que o diga. Da pequena barraca montada já perto do terminal central de ônibus, ela deveria estar vendendo muito mais pinhão nesta época do ano. Mas percebe a retração no comércio. “Acredito que o faturamento é em torno de 30% do que seria em dias normais”, comenta, enquanto tenta diversificar com as poncãs de amarelo vivo.