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Ponta Grossa ganha 113 torres de celular em cinco anos

Apesar de a rede 4G crescer mais, 3G ainda lidera quantidade de torres

Foto: José Aldinan

A conexão de internet móvel da quinta geração (5G) visa ser mais rápida e econômica e promete revolucionar a indústria, o agronegócio e a rotina das pessoas e de empresas, mas é uma novidade que ainda vem engatinhando no Brasil: segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, a previsão é que apenas até a metade do próximo ano ela seja disponibilizada para as capitais – mas, enquanto isso, a cobertura de outras tecnologias vem crescendo no país, inclusive em Ponta Grossa.

Atualmente a cidade possui 450 Estações Rádio Base (ERBs), equipamentos que fazem a conexão entre os telefones celulares e a companhia telefônica – ou seja, as torres. Este número cresceu 33,5% nos últimos cinco anos, já que desde 2017 113 torres foram instaladas na cidade.

O levantamento foi feito pela Anatel a pedidos da reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais e os dados comparam os totais do mês de março de cada ano – período com os números mais atualizados em 2021.

Tecnologias

Apesar de o mundo estar olhando para o 5G, a maior parte das ERBs de Ponta Grossa ainda é da terceira geração: são 165 torres de 3G, mas o número vem sendo alcançado pela quarta geração, que soma 163 estações de 4G na cidade. 

Isso se deve ao grande crescimento de torres 4G nos últimos 5 anos: foram 63% a mais no município, enquanto que no 3G a alta foi de 27% e no 2G de 14% – embora mais obsoleta, a segunda geração ainda possui 122 torres de celular em Ponta Grossa.

Evolução das torres de celular em Ponta Grossa

Ranking das operadoras

Em relação às operadoras presentes na cidade, a Tim segue na liderança em total de ERBs – mas aos poucos a Claro vem ficando mais competitiva. Há cinco anos a Tim somava 128 torres em Ponta Grossa e a Claro apenas 67, mas de 2017 para cá enquanto que o salto da primeira foi de 21,1% o total da segunda mais que sobrou (+119,4%): atualmente a Tim conta com 155 estações na cidade e a Claro com 147. Em terceiro lugar está a Oi, que manteve as suas 77 torres nos últimos anos, e em último a Vivo, com 71 (crescimento de 34% em 5 anos).

Considerando apenas a conexão mais rápida (4G), a Tim segue como líder na cidade (64 torres), seguida da Claro (49), da Vivo 27) e da Oi (23).

Veja a localização de cada torre de celular em Ponta Grossa e no Brasil NESTE LINK.

Torres de celular em Ponta Grossa

Implantação da tecnologia 5G

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou no início deste mês que espera que o leilão para definir a empresa que ficará responsável pela implantação da tecnologia 5G ocorra ainda no segundo semestre deste ano, já que o certame depende da aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU), que está analisando a minuta do edital.

“Houve a divulgação de que as operadoras iniciaram o 5G utilizando o DSS (compartilhamento dinâmico de espectro – Dynamic Spectrum Sharing), que consiste em utilizar, simultaneamente para 4G e 5G, as mesmas frequências utilizadas para o 4G. Contudo, os aparelhos móveis precisam ser compatíveis com a nova tecnologia, e ainda há poucos aparelhos móveis certificados aptos a funcionar no 5G DSS”, destacou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em nota direcionada à reportagem do DC

“Até a presente data, Ponta Grossa não possui nenhuma estação licenciada no 5G DSS. Ainda esse ano, a Anatel publicará edital de licitação, chamado edital 5G, com faixas de frequências que permitirão a disponibilidade plena de serviços 5G, notadamente na faixa de frequências de 3,5 GHz”, explicou a Anatel.

Diferenciais do 5G

Segundo o Ministro das Comunicações, o 5G é mais voltado para as empresas do que para as pessoas. “No 4G, nós temos o Facetime, mensagens de áudio, você pode se comunicar com qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo instantaneamente. O 4G veio para as pessoas. E o 5G não: ele veio para mudar a vida das indústrias. Vai ser uma revolução nas indústrias, nós teremos as empresas tendo um alto ganho de produtividade, toda a cadeia de produção das empresas irá se comunicar”, explica Fábio Faria.

“Por exemplo, nós teremos uma telemedicina a distância funcionando. Aqui em Brasília, um médico pode fazer uma cirurgia em uma sala. Se tiver uma sala de cirurgia no meio da Amazônia, por exemplo, ele pode fazer a operação daqui. Por que não faz hoje? Porque hoje com um erro de um milímetro de um lado ou para o outro, nós podemos perder uma vida. Então, o 5G standalone, a latência é muito baixa, então não tem erro de intervalo de tempo. Tem uma precisão muito grande. Nós teremos carros sem motoristas, que são os veículos autônomos, as cirurgias a distância, o aumento da conectividade rural, as empresas do agrobusiness vão crescer muito. E várias outras empresas terão a oportunidade de evoluir. Eu digo que o 5G vem para as empresas e as indústrias”, avalia Faria.

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