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Ponta Grossa apresenta alto índice de incêndios residenciais

Número de atendimentos chegou a 200 no dia 7 de dezembro. Foto: Corpo de Bombeiros

Na manhã de 7 de dezembro, o 2° Grupamento recebe o chamado: uma casa está em chamas no Jardim Europa, região de Oficinas. A equipe parte em direção ao local. É a ocorrência de número 200 de incêndio em edificação na cidade de Ponta Grossa apenas neste ano. Significa que, na média, a cada dois dias ao menos um registro do mesmo tipo chega ao Corpo de Bombeiros.

Os números podem parecer comuns para quem convive diariamente com as ocorrências, mas impressionam quem está de fora. Cidades maiores não possuem tantos casos na proporcionalidade. Em 2020, Londrina, que tem 485 mil habitantes, teve 198 incêndios em edificações. Maringá, com 342 mil moradores, somou até o início do mês 134. Em Cascavel são 149 registros.

Os dados deste ano não são isolados. Em comparação com as mesmas cidades em 2019, Ponta Grossa também é recordista. Inclusive, as estatísticas mostram crescimento de casos dentro do município. No ano passado foram 189 ocorrências de incêndio em edificação. O ano vigente – até 7 de dezembro – mostra 200 atendimentos realizados pelo 2° Grupamento.

Questionado sobre razões que levam Ponta Grossa a números tão elevados no comparativo, o setor de comunicação do 2° GB não consegue atestar o motivo de forma concreta. Uma das hipóteses levantadas é o fato da verticalização da cidade ter demorado a ocorrer, o que deixa o território mais ‘esparramado’ e apresentando número alto de casas em relação a prédios.

Causas

De acordo com o 2° Grupamento do Corpo de Bombeiros, não existe uma explicação preponderante para as causas de incêndios em residências na cidade. As questões variam e também dependem de investigações minuciosas. Os Bombeiros percebem indícios. Foi o que aconteceu na ocorrência de número 200 atendida no Jardim Europa.

“Não tem como confirmar, mas tudo indica para curto-circuito pelo relato do morador. Por exemplo, o cheiro forte de plástico queimado e as chamas que surgem de forma repentina. Já fomos em várias situações deste tipo”, comenta o Soldado Forte.

A cena foi atestada por um familiar que conversou com a reportagem. Ele informou que a casa era antiga e que a fiação elétrica estava bem comprometida. O fogo teria começado com um curto na cozinha e se espalhado pelo imóvel.

As equipes do 2° GB também se deparam rotineiramente com situações criminais. “Já fomos naquelas circunstâncias em que a mulher discute com o marido e o homem ateia fogo na casa”, exemplifica o bombeiro.

Outra causa comum é o costume religioso de deixar velas acesas ou acender o item enquanto dorme na falta de luz. A queda do objeto em tapetes e cortinas tem como consequência a destruição pelo fogo. “São inúmeras situações. Não há uma linha certa de causa dos acontecimentos”, explica Forte.

Vítimas

Apesar do elevado registro de ocorrências, o número de feridos em situações de incêndio em edificação é considerado baixo quando comparado com outras circunstâncias atendidas pelos Bombeiros. Os 200 casos atendidos em Ponta Grossa neste ano deixaram 11 vítimas. Uma pessoa morreu na hora e quatro saíram do local em estado moderado ou grave.

Três dos feridos tinham entre 55 e 59 anos de idade, o que representa 27% das vítimas atendidas nos incêndios.

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