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Ponta Grossa abriu mais e fechou menos empresas neste ano

No comparativo com o ano passado, foram 5,6% novas empresas e -24,5% extinções de negócios, de acordo com o órgão estadual responsável por estes registros

Foto: José Aldinan/DC

Mesmo em um ano marcado pelas dificuldades financeiras provocadas pela pandemia do novo coronavírus Ponta Grossa tem se destacado em diversos indicadores econômicos. Um deles é a abertura e o fechamento de empresas, que mostra que a cidade teve um desempenho mais positivo em 2020 do que em 2019. Enquanto que de janeiro a outubro deste ano 6.043 novos negócios foram registrados na cidade, no mesmo período do ano passado o total foi 5,6% menor, de 5.723. Paralelamente, a quantidade de empresas fechadas também caiu – e com uma variação maior ainda, de -24,5%: de 2.056 em 2019 para 1.651 em 2020.

Os dados foram repassados à reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais pela assessoria de imprensa da Junta Comercial do Paraná (Jucepar), a autarquia responsável pelo registro e cadastramento de empresas no Estado.

Diminuindo aos fechamentos das aberturas, têm-se um saldo de 4.392 empresas a mais em Ponta Grossa neste ano, número 19,7% maior do que o referente ao mesmo período do ano passado (3.667).

Para a coordenadora de Fomento ao Empreendedorismo e Inovação de Ponta Grossa, Tônia Mansani, os bons resultados em um ano mundialmente turbulento se devem à indústria local. “A indústria não parou, e ela é a nossa impulsionadora. Os setores que mais sofreram foram transporte, hotelaria e eventos – e muitas dessas empresas têm um porte um pouco maior, por isso mesmo com queda no faturamento conseguiram manter seus cadastros ativos”, avalia a especialista.

MEIs

Desde a Reforma Trabalhista o país viveu uma “pejotização”, ou seja, vagas que antes eram ocupadas por trabalhadores começaram a ser substituídas por Pessoas Jurídicas, em maior parte microempreendedores individuais (MEIs). Porém, mesmo desconsiderando os MEIs dos totais de abertura e fechamento de empresas, mesmo assim os dados são positivos: foram 894 baixas em 2019 e 751 em 2020 (-16%) e 1.376 aberturas em 2019 e 1.394 em 2020 (+1,3%).

Mês a mês

Neste ano outubro foi o mês em que mais empresas foram abertas em Ponta Grossa (683) e abril o com o menor total: foram 451. Nos dez primeiros meses do ano passado agosto teve o melhor resultado (621) e maio o menor (517).

Em relação às baixas, neste ano janeiro registrou a maior quantidade de fechamento de empresas na cidade (198) e abril – período com a maior quantidade restrições na cidade devido à pandemia, o que menos registrou novos negócios – o mês com o melhor resultado, já que foi a menor quantidade mensal de fechamentos (119). Em 2019 janeiro também foi o pior mês (-232 empresas) e e fevereiro teve a menor baixa (-190).

Atividades econômicas

De janeiro a outubro de ambos os anos o comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas foi a categoria (Classificação Nacional de Atividades Econômicas/CNAE) com a maior movimentação de negócios, já que foi a atividade que mais abriu e também que mais fechou empresas.

Crescimento

Tônia, que coordena a Sala do Empreendedor de Ponta Grossa – órgão municipal voltado ao atendimento de pequenos negócios – conta que também viu muitos microempreendedores individuais (MEIs) aumentarem seu porte para microempresas (ME). “Um exemplo é uma loja de bolsas. Cheguei a perguntar para a dona como que ela estava vendendo acessórios durante a crise”, cita ela.

Outro caso é da empresa “Do Alto Fotografias Corporativas”, que também está em processo de migração para aumentar de porte. O proprietário, Carlos Eduardo Chagas Pereira, conta que a atividade nasceu como um hobby e acabou se transformando em um negócio. “Eu tenho o projeto ‘PG do Alto’, onde publico fotos aéreas da cidade. A partir dele comecei a perceber que as empresas locais tinham necessidade de fotos aéreas e internas e fui me especializando também em fotografia gastronômica, retrato corporativo, por exemplo”, afirma ele.

“Participei da Voe [aceleradora de negócios municipal] no segundo semestre do ano passado, o que foi um divisor de águas para mim. A partir de lá só cresci e migrar para ME era o meu desejo principal porque eu estava ‘batendo na trave’ do faturamento permitido para MEI”, relata ele, dizendo que pretende contratar um editor de fotografias porque neste ano passou a ter uma demanda muito alta de serviços.

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