Amigos e familiares se despediram no final da tarde de ontem (30) de Leandro Loureiro. Aos 36 anos de idade, ele foi vítima de acidente fatal no cruzamento das ruas Coronel Francisco Ribas com Barão do Cerro Azul, no Centro de Ponta Grossa. Além da moto que Leandro pilotava, a colisão registrada no domingo, às 15h, envolveu um VW Gol 1.0 de cor branca. A Polícia vai ouvir o motorista nos próximos dias.
Os dois veículos eram conduzidos por pessoas que estavam a trabalho naquela tarde. Leandro, que atua como vendedor, fazia renda extra com entregas de lanches. O homem que estava no volante do carro atua como motorista de aplicativo e levava uma passageira na hora do acidente.
O Gol branco seguia pela Coronel Francisco Ribas no sentido Jardim Carvalho. O motoboy estava subindo a Barão do Cerro Azul no sentido Nova Rússia. Câmeras de segurança captaram a batida. As imagens sugerem que nenhum deles esboça frear na esquina que tem semáforo regressivo. A colisão é forte. A moto e o corpo de Leandro são arremessados. O vidro lateral do carro chega a quebrar.
Mesmo de capacete, Leandro não teve chance. O óbito foi constatado ainda no local. A passageira do carro – uma moça de 30 anos de idade – teve ferimentos considerados leves e foi encaminhada pelo Siate/Corpo de Bombeiros para a UPA Sant’Ana. O motorista não se feriu. Ele permaneceu no local. O teste do etilômetro deu negativo para ingestão de álcool.
“Como o motorista permaneceu no local do acidente, não se impõe prisão em flagrante. Agora estamos aguardando os laudos periciais da Criminalística para seguir os trâmites da investigação”, diz o delegado Marcus Vinícius Sebastião.
No boletim de ocorrência, que faz parte da documentação oficial do caso, há citação da passageira relatando que o motorista do carro teria furado o sinal vermelho. “É uma declaração que vamos verificar na sequência do processo. Ela vai ser ouvida. Nas primeiras imagens que circulam não há como precisar se realmente o sinal estava vermelho. Faremos checagens”, acrescenta o delegado, que vai agendar o interrogatório do motorista de aplicativo.
“A princípio se trata de um homicídio culposo de trânsito sem qualificadoras. Mas com a questão do sinal vermelho vamos analisar o que pode ser acrescentado na tipificação do crime”, conclui o delegado.
Cristão
O corpo de Leandro Loureiro foi velado na Igreja Adventista do Sétimo Dia, na Palmeirinha – mesmo local que frequentava assiduamente. O trabalhador fazia parte do Clube de Desbravadores Vila Velha, com atuação desde 1984 na cidade.
“Ele fez história em nosso clube, e deixou grandes ensinamentos para todos que foram seus desbravadores”, diz nota do Clube.
Além desses amigos, Leandro deixa a esposa Solange e o filho Samuel, de 8 anos de idade. O corpo do motoboy foi sepultado ontem, às 17h, no Cemitério Parque Jardim Paraíso.