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Polícia tem em mãos mais um caso de importunação em colégio de PG

O Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes) investiga novo caso de importunação sexual dentro de um colégio da Rede Estadual de Ensino em Ponta Grossa. Mais uma vez o episódio envolve um professor e estudantes da instituição. O Núcleo Regional de Educação também está ciente do caso e atua em trâmites internos para apurar a situação.

De acordo com a delegada Ana Paula Cunha Carvalho, responsável pelo Nucria na Polícia Civil de Ponta Grossa, pelo menos oito meninas compareceram com familiares para formalização da denúncia. Elas foram ouvidas nos últimos dias. A delegada analisa o conteúdo dos depoimentos para concluir como cada um dos episódios pode ser enquadrado.

As meninas que denunciaram têm entre 14 e 17 anos. O boletim de ocorrência que elas fizeram ao lado dos familiares e responsáveis tramita desde o dia 29 de novembro. Nele há relatos de que o professor envolvido teria comentado sobre o corpo das meninas, além de ter passado a mão.

“A Secretaria de Estado da Educação vai instaurar uma sindicância que terá 30 dias para apurar os fatos e proferir uma decisão. Se comprovada a conduta inapropriada do professor, ele poderá ser afastado ou demitido”, diz nota da SEED encaminhada à reportagem do dcmais.

Nas redes sociais, a direção da instituição de ensino publicou nota de esclarecimento em que adota tom de cautela em relação a linchamentos virtuais. “O cuidado e a atenção dessa instituição serão sempre voltados às pessoas. A única orientação que sempre é dada é a necessária cautela nas redes sociais e o cuidado, principalmente, para preservar as pessoas que estão envolvidas em conflitos. Condenamos discursos violentos e linchamentos virtuais, isso só gera mais violência”, diz.

O comunicado também esclarece que o afastamento do professor investigado não depende da vontade da direção. “Diante da morosidade de algumas situações, cabe aos responsáveis pelos alunos e alunas buscarem outras formas de ter a garantia do direito dos filhos. Podem contar com o apoio do colégio. O que não concordamos é com o fato de que a direção tem sofrido diversos ataques. Com isso perdemos o foco na busca de responsabilizar quem de fato cometeu o erro. Cuidemos uns dos outros, principalmente as mulheres, para que possamos permanecer unidas”, conclui.

Recorrente

Há um mês, o Nucria concluiu investigações sobre a conduta de outro professor da Rede Estadual de Ensino. O inquérito se encerrou com o indiciamento do docente pelos crimes de assédio sexual e importunação sexual em colégio de Ponta Grossa. Quatro meninas realizaram denúncias na oportunidade.

Contra três delas foi configurado o crime de assédio sexual e, em face de uma delas, o crime de importunação sexual, tendo o investigado sido indiciado em todos os inquéritos policiais. A delegada ressaltou que o investigado apresentou-se acompanhado de advogado e negou todas as acusações.

Esta investigação teve início em outubro, a partir da denúncia feita por uma das meninas que seria vítima de assédio, em sala de aula, diante de outros alunos. A jovem de 13 anos disse que o professor, no momento da chamada, passou as mãos nos ombros dela, descendo até as partes íntimas.

A situação foi em um colégio cívico-militar de Ponta Grossa, e motivou o surgimento de outras denúncias contra o mesmo professor.

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