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Polícia prende mãe e padastro após morte de jovem autista em PG

Polícia suspeita que jovem sofria tortura

Foto da fachada da 13ª Subdivisão Policial, delegacia de Polícia Civil de Ponta Grossa

FOTO: José Aldinan

A Polícia Civil de Ponta Grossa prendeu, no final da tarde de sexta-feira (18), o padrasto e a mãe de um jovem autista de 19 anos encontrado morto na manhã do mesmo dia.

De acordo com as informações coletadas, a vítima era mantida em condições degradantes na residência do casal, vivendo em um quarto instalado em um banheiro desativado, com teto mofado, infiltrações, sem iluminação e sem condições de higiene, tendo sido relatado ainda que o jovem seria amordaçado quando tinha crises.

Morte de jovem autista em PG

Inicialmente, por estar comprovado que a vítima era maltratada em sua residência e teve sua integridade física exposta a perigo, fato que ensejou sua morte, ambos os investigados foram autuados pela prática do crime de maus-tratos com resultado morte, previsto no art. 136, §2º do Código Penal, cuja pena pode chegar a 12 anos de prisão, tendo sido recolhidos à Cadeia Pública Hildebrando de Souza.

Investigação

De acordo com o delegado dr. Luís Gustavo Timossi, que presidiu a ocorrência, embora haja forte suspeita de que o jovem Rômulo Luiz Fernandes Borges tenha sido assassinado por seu padrasto, há necessidade de maior aprofundamento das investigações para completo esclarecimento dos fatos, motivo pelo qual os investigados poderão ser ainda indiciados por homicídio.

Desde 2018

O delegado esclareceu que desde a notícia da morte, a Polícia Civil iniciou as diligências visando esclarecer os fatos, que resultaram na forte suspeita de que a vítima vinha sendo submetida a agressões constantes pelo menos desde o ano de 2018, quando deixou de frequentar um centro especializado de autistas. Na ocasião, sua mãe havia sido confrontada por profissionais do local que constataram o surgimento de lesões no corpo do jovem, motivo pelo qual as investigações devem avançar ainda, visando verificar até mesmo a prática de tortura.

Vulnerabilidade

O delegado explicou que, embora a mãe do jovem não estivesse na residência no momento de sua morte, em razão da existência de suspeita de que a vítima era agredida de forma recorrente pelo padrasto, é preciso saber o que a mãe teria feito para fazer cessar as agressões. Ela pode vir a ser responsabilizada por ter se omitido ao proteger o filho, que era um jovem extremamente vulnerável.

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