A Polícia Civil alerta para uma nova variante do antigo golpe de estelionato que está sendo aplicado em vítimas da região. Desde que a pandemia começou, clonagens de cartões de crédito têm se tornado cada vez mais comuns através de ligações telefônicas onde as vítimas repassam informações sigilosas, como senhas, aos golpistas que se passam por funcionários de bancos.
Relatos das vítimas apontam que elas têm sido abordadas por ligações nas quais os suspeitos conversam de forma semelhante ao setor de telemarketing dos cartões de crédito e questionam se uma certa compra, com valor alto, teria sido efetuada em determinado estabelecimento comercial.
De forma elaborada, os golpistas conseguem retirar informações importantes das vítimas e pedem para que elas entrem em contato com um outro número telefônico. Ao ligar, as pessoas têm suas ligações atendidas por outro integrante da quadrilha, que confirma que tal compra, de fato, não foi efetuada pelo usuário, e em seguida, informa que um funcionário do banco irá recolher o seu cartão de crédito como medida de segurança.
Crime
As vítimas que não desconfiam tratar-se de golpe acabam entregando o cartão e as senhas. Os chips são clonados e transferências bancárias são realizadas em nome daquela pessoa que dificilmente consegue recuperar o valor perdido. Segundo o delegado Maurício Souza da Luz, responsável por investigar crimes de furtos e roubos em Ponta Grossa e região, existem diversas variantes de crimes ligados aos cartões de crédito.
“Existem diversas situações de golpes e de tentativas que acabaram não se concretizando. Percebemos que a confecção dos boletins de ocorrência aumentou muito após a pandemia. A grande maioria dos crimes inicia a partir de um contato que a vítima recebe de golpistas que, normalmente, são de outras regiões”, explica.
O delegado destaca ainda que é improvável que as instituições financeiras entrem em contato com os clientes para solicitar informações sigilosas. “Em casos de compras desconhecidas, os próprios clientes entram em contato com os bancos”, aponta Souza da Luz.
Boletins de ocorrência
As vítimas, em sua maioria, são idosas e devem ficar atentas para evitar repassar qualquer tipo de informações por telefone. “É importante que estas pessoas que recebam as ligações peçam ajuda de familiares para tentar esclarecer dúvidas. É importante a confecção de boletins de ocorrência pois, dessa forma, conseguimos coletar informações que nos ajudarão a chegar até a localidade dos autores trabalhando em conjunto com equipes de outros estados”, apontou o delegado.
Denuncie
Os boletins de ocorrência podem ser feitos diretamente pelo site da Polícia Civil através do endereço www.policiacivil.pr.gov.br.