A Polícia Civil, através do 2° Distrito, aguarda o resultado dos laudos para concluir a investigação sobre o que teria motivado o acidente com caminhão que matou três pessoas da mesma família, no dia 11 de agosto, em Ponta Grossa.
A tragédia foi registrada por volta das 13h30 de uma segunda-feira, quando um caminhão desceu a rua Mercedez Vaz Stanislawczuk, próximo ao campo de futebol society da vila Clóris, na região da vila Princesa.
Desgovernado, o veículo atingiu uma residência, que ficou completamente destruída. As vítimas, um homem de 51 anos, a sua filha de 28 e a neta com menos de dois anos, estavam dentro do imóvel. Todos faleceram antes mesmo de receberem socorro médico.
Nesta semana, o delegado responsável pela investigação, Marcus Vinícius Sebastião, começou a ouvir as testemunhas do acidente. O primeiro a dar depoimento foi o motorista que dirigia o caminhão. De acordo com o delegado, o condutor tem 63 anos e ainda está muito abalado.
"O motorista ainda está se recuperando e passou por uma cirurgia no braço. Ele mora em Ourinhos (SP) e veio acompanhado do seu filho e sobrinho. No depoimento ele relatou que trabalha com o transporte de ração e que na data do acidente realizou entrega em uma mercearia do bairro", disse Marcus Vinícius.
Ao tentar realizar o retorno pela via, o motorista disse à polícia que o caminhão começou a descer. "Ele relatou que pisou no freio e tentou usar a embreagem, mas que não teve sucesso. O motorista ainda tentou jogar o caminhão contra um barranco, fato confirmado pelos peritos, para evitar que viesse a atingir a residência", relatou o delegado. "Ao final do depoimento, ele se emocionou muito e alegou que preferia que ele tivesse morrido no lugar da família", completou Marcus Vinícius.
O próximo passo da investigação, além do resultado dos laudos, será ouvir as demais testemunhas, como moradores da região e amigos das vítimas. "Ainda não podemos afirmar as causas do acidente, mas acredito que até o começo de setembro tenhamos algumas novidades", concluiu.