O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg-PG) realizou uma reunião, no final da tarde desta terça-feira (26). O encontro estava previamente agendado, mas teve incluída em sua pauta de discussões a reportagem publicada pelo DC em seu portal no mesmo dia, e na edição impressa de quarta-feira (27), na qual constavam estatísticas referentes ao número de armas disponíveis no setor de segurança pública.
Jane Villaca, presidente do Conseg-PG, explica que o encontro serviu para esclarecer, em parte, o motivo pelo qual o número de armas registradas com profissionais da segurança pública é 11 vezes menor que o disponível no setor de segurança privada. “Conversei com os membros do grupo, que me garantiram que não está incluída Polícia Militar nessas estatísticas”, disse. Os números oficiais repassados pela Polícia Federal (PF) revelaram que, de todas as armas registradas no Paraná, menos de 3% estão na segurança pública, enquanto que cerca de 27% estariam na segurança privada e aproximadamente 62% com pessoas físicas.
A lei federal 10.826, de 2003, especifica que ao Sinarm compete “integrar no cadastro os acervos policiais já existentes”, mas não especifica a quais policiais se refere. Consultada novamente pela reportagem do DC, a assessoria de imprensa da PF em Brasília (DF) informou que o item segurança pública contempla todos os profissionais de segurança pública, exceto militares, cujo armamento é registrado através do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma).
Limitações
Segundo a assessoria, no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), foco da reportagem, estão incluídas as demais forças de segurança pública, incluindo Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal e Polícia Civil. A assessoria de imprensa também informou que o Sinarm apresenta limitações na segmentação, o que faz com que não seja possível precisar quem está em posse das armas incluídas nos itens “outros” e “órgãos públicos”, embora o número de pessoas físicas em poder de armas registradas esteja exato.