A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está apostando nas placas modelo Mercosul para inibir a clonagem de veículos, prática comum no emprego de automóveis em atos criminosos e para a venda de veículos roubados ou furtados.
De acordo com o inspetor da PRF, Kléber M. Cavali, os detalhes na fabricação das placas tendem a dificultar a clonagem ou falsificação, dando maior segurança aos proprietários de veículos. No que se refere à fiscalização, o sistema eletrônico dos radares também está preparado para fazer o registro e conversão das placas fotografadas para posterior análise e, quando é o caso, notificação e multa.
Segundo ele, os radares registram imagens do veículo, essas imagens são encaminhadas para um referendamento que irá validar se a imagem da placa capturada será equivalente ao veículo. Caso não haja a correspondência essa imagem é arquivada.
Com a mudança para a placa Mercosul, a maioria das informações é obtida apenas a partir de consulta ao sistema. Antes, o agente podia, apenas observando a placa à distância, identificar a categoria do veículo (se oficial, de passageiro ou de carga etc.), que correspondia a uma cor de fundo da placa. Agora essa mesma cor está nos caracteres alfanuméricos, o que exige maior atenção do agente.
“A visualização dos caracteres a certa distância também requer um pouco mais de atenção do agente, devido ao penúltimo caracter passar de número para letra do A ao J, na comparação com as placas antigas”, lembra Cavali, destacando que o sistema trará outras informações que já não se encontram visíveis nas placas, como o nome do município e estado de origem.
Números
Segundo o Detran-PR, somente entre 17 de dezembro de 2018 e 20 de janeiro de 2019 foram feitos mais de 160 mil emplacamentos com o modelo Mercosul. Ponta Grossa foi um dos municípios com maior número de registros. Já foram mais de 4,4 mil placas afixadas em veículos. Cascavel teve mais de 5,6 mil, Curitiba mais de 34,8 mil, Londrina mais de 8,4 mil e Maringá mais de 7 mil emplacamentos do tipo.