O percentual de testes para covid-19 que tiveram confirmação para contágio diminuiu, de forma perceptível, nos últimos quatros meses em Ponta Grossa. É o que aponta um levantamento realizado pela reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais, a partir dos dados oficiais divulgados diariamente pela prefeitura. Neste mês, o vírus foi confirmado em cerca de 10% dos testes.
Embora ocorra oscilação entre os meses no número total de testes realizados e no total de casos positivados para covid-19, é possível notar uma mudança no perfil do público que busca os laboratório credenciados ou o atendimento público em saúde para realização de exames.
De janeiro a junho deste ano, o número de casos confirmados correspondia a algo entre 23,7% e 47,5%, sendo que a maior taxa foi verificada em março, quando houve um grande pico de contágios, internamentos e óbitos.
A partir de julho, o percentual de casos confirmados ficou entre 9,59% e 18,4%. No comparativo com os primeiros meses do ano, a redução é sensível. Embora ocorram variação ainda significativas (o percentual de positivados em setembro foi quase o dobro do mês anterior), é possível notar que a queda nos últimos quatro meses coincide com o período de maior avanço na vacinação contra a doença. Também ocorre em meio à redução nas taxas de internamento e de óbitos.
Alto número de testagens
Mesmo assim, o número de testagens realizadas não sofreu alteração considerável. Houve redução em setembro, quando foram 12.578 testes (antígeno e RT-PCR) – o menor número do ano. No entanto, neste mês de outubro, até essa quita-feira (21), já haviam sido realizados 14.692 testes, número muito próximo do observado em fevereiro. A diferença é que em fevereiro houve 30,5% de casos confirmados, enquanto que outubro registra 10,3%. Entre os fatores que podem estar mantendo alta a procura pelos testes estão o surgimento de sintomas similares aos de covid-19 (rinite, sinusite, gripe comum e resfriado) em pacientes. Em Ponta Grossa, pouco mais da metade dos casos foi confirmada por meio do RT-PCR.
Popularização dos testes
Outro fator que pode estar mantendo a procura alta pelos exames é sua popularização. Além de a Fundação Municipal de Saúde (FMS) continuar realizando as coletas, os testes também são feitos em diversos laboratórios particulares. O DC fez uma cotação em três dos principais laboratórios da cidade, que revelou que o teste por antígeno (pronto no dia) custa entre R$ 100 e R$ 130. O teste RT-PCR (pronto em dois a cinco dias) custa entre R$ 180 e R$ 230. Os valores são inferiores aos praticados no início do ano, quando o RT-PCR estava próximo de R$ 300 e o teste por antígeno em torno de R$ 170.
