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PG espera há 6 anos Centro de Triagem de Animais Silvestres

Foto: Divulgação

A abertura de um Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) em Londrina despertou a atenção nesta semana, pois Ponta Grossa está na fila para ter funcionamento do Centro de Triagem de Animas Silvestres (Cetas). A expectativa vem há pelo menos seis anos, quando começaram tratativas do acordo de cooperação com o Instituto Klimionte.

Em material informativo publicado no último dia 17, o Governo do Estado diz que o Cetas Campos Gerais está “em fase de complementações” e será “inaugurado em breve”. A fim de obter mais informações sobre a estrutura de Ponta Grossa, a reportagem do DC entrou em contato com a assessoria do Instituto Água e Terra (IAT).

Por meio de nota, o órgão esclarece que “o Centro de Triagem de Animais Silvestres é uma estrutura maior [do que o CAFS] para receber animais silvestres que precisam de atendimento veterinário até sua recuperação e destinação”.

No entanto, o acordo de cooperação com o Instituto Klimionte já está assinado. De acordo com o IAT, o processo de licenciamento está na fase de operação. “O local não foi inaugurado ainda porque o Instituto Klimionte (IKA) está providenciando alguns detalhes inerentes à operacionalização”, explica o IAT sem se aprofundar em quais são os detalhes citados.

A estrutura que está para ser inaugurada em Ponta Grossa pertence ao Instituto Água e Terra, construída mediante condicionantes de licenciamento. O terreno é da Prefeitura de Ponta Grossa cedido ao Instituto Klimionte para funcionamento do Centro de Triagem. Contudo, não há previsão de data para início das atividades no espaço.

Instituto

O Instituto Klimionte Ambiental é comandado pelo médico veterinário Robson Carlos Klimionte, que presta serviços desde 2006 no atendimento voluntário aos animais resgatados pelo 2° Batalhão de Polícia Ambiental do Paraná. Os silvestres são tratados na clínica particular e soltos em habitat natural.

Seis anos depois de iniciar a atividade voluntária, Klimionte fundou o IKA com intuito de proteger a fauna silvestre dos Campos Gerais. O terreno para o Centro de Triagem fica no Distrito Industrial e tem 10 mil m². A pedra fundamental da construção foi lançada no dia 24 de outubro de 2015. Desde então, em conjunto com o IAT, o Instituto viabiliza recursos para a construção integral dos módulos que vão formar o Complexo.

Uma das alas é destinada ao atendimento de aves. Também há o setor direcionado aos répteis e mamíferos. Juntos, os dois núcleos têm investimento de R$ 1,5 milhão e área construída de 800 m².

“Falta verba, mas estamos nos mexendo. Correndo atrás de empresas, ofertando o selo amigo da fauna. São linha armadas. Estamos no aguardo”, salienta Robson Klimionte.

Participação

Há três formas oferecidas a empresas e pessoas físicas para auxiliar na conclusão: Selo Amigo da Fauna (reconhecimento do Governo às empresas que mantém apoio ao monitoramento e pesquisa da fauna), Nota Paraná (doação de notas fiscais sem CPG para o IKA), além de Multas e Compensações Ambientais (para pessoas físicas e jurídicas que foram multadas ou precisam fazer compensação ambiental. Esses podem informar ao órgão fiscalizador que desejam fazer a compensação ao Instituto Klimionte).

Centro é inaugurado em Londrina

O Hospital Veterinário do Centro Universitário Filadélfia (UniFil), em Londrina, se tornou um Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS). É a primeira unidade oficialmente inaugurada pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. De acordo com o Estado, há nove previstas no total.

Atualmente o hospital de Londrina possui 55 animais internados: 3 araras canindé, 5 papagaios, 1 jacu, 1 faisão, 4 maracanãs, 11 saguis, 4 cobras, 1 macaco prego, 2 quatis, 2 cachorros do mato, 1 coruja buraqueira, 1 coruja do mato, 2 quero-queros, 3 suindaras, 1 carcará, 1 pássaro preto, 5 trincas ferros, 2 tico-ticos, 1 sabiá, 1 canário da terra, 1 tamanduá bandeira filhote, 1 ouriço pigmeu africano (hedeghog) e 1 onça parda.

“A categoria CAFS possui as mesmas atribuições do Centro de Triagem de Animais Silvestres, o Cetas, mas exigindo estrutura menor e mais viável para adequar em todas as regionais que contam com escritórios do IAT”, explica a bióloga do IAT, Jéssica Jasinski.

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