O Centro de Eventos de PG pode deixar de ser um centro de eventos e de receber shows. A Câmara dos Vereadores de Ponta Grossa vai discutir nesta segunda-feira (19) um projeto de lei de 2019, criado pelo então prefeito Marcelo Rangel, que visa instalar um polo tecnológico no local.
“Ao longo dos anos o Centro de Eventos Cidade de Ponta Grossa foi perdendo a sua função original em decorrência da diversificação das atividades turísticas, da ampliação de possibilidades privadas de entretenimento e, até mesmo, por conta de sua localização que hoje está encravada dentro de área residencial”, justificou Rangel no projeto, citando também que um polo tecnológico possibilitaria a atração de empresas de tecnologia de ponta.
A proposta é que seja feita uma concessão do imóvel do Centro de Eventos de PG à iniciativa privada por um prazo de até 15 anos. Com isso, todas as despesas de manutenção, reforma e ampliação do local ficariam a cargo da concessionária.
Polêmica
O projeto foi apresentado em agosto de 2019 e aprovado por todas as comissões da Câmara. Porém, dividiu opiniões e gerou muita polêmica na cidade. A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), por exemplo, se posicionou contra e pediu que o PL fosse rejeitado alegando que não houve estudo prévio e nem discussões diretas com a população.
Em outubro de 2019 o então vereador Rudolf Polaco pediu vistas e, desde então, o projeto estava parado na Câmara – até voltar à ordem do dia desta segunda-feira (19).
Confira o PL na íntegra através deste link.
Evento
Coincidentemente ou não, neste ano a prefeitura decidiu substituir um evento que contava com shows por outro com caráter mais técnico no Centro de Eventos de PG. No lugar da Efapi será realizado o 1º Transforma Agro Paraná, que tratará de inovação e tecnologia no agronegócio.
Parque Ecotecnológico
Entre os antigos planos da prefeitura de Ponta Grossa que não saíram do papel, estava a criação de um parque ecotecnológico – mas, este, do outro lado da cidade: ao lado da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
No local foram doados terrenos para seis empresas e instituições de ensino, que pretendiam investir pelo menos R$ 25 milhões nos seus projetos, gerando mais de 590 empregos. A intenção é que fossem construídos centros de inovação e sedes de empresas tecnológicas, entre outros empreendimentos ligados ao setor.
No ano passado o então secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, José Loureiro, havia afirmado que até o fim de 2022 todas as obras deviam estar encaminhadas – porḿe, até o momento não há movimentação no local.