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PG teve um tornado? Veja o que diz o Simepar

A cidade de Ponta Grossa foi atingida por um forte temporal no início da noite do sábado (18). Os ventos derrubaram postes, árvores, estruturas metálicas e até partes de residências.

Em menos de 40 dias, esse foi o terceiro temporal registrado no município. A região Central e Uvaranas foram as mais atingidas e a Defesa Civil e Bombeiros atenderam 161 casas afetadas pelos fortes ventos.

Nos grupos de WhatsApp e redes sociais, os moradores iniciaram discussões do que teria sido esse fenômeno do tempo, que destruiu parte da cidade em tão pouco tempo.

A reportagem do jornal Diário dos Campos e portal DCmais consultou o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) para entender os detalhes do temporal que ocorreu em Ponta Grossa.

Foi um tornado?

Alguns moradores apontaram que um tornado teria passado na cidade por conta da destruição que o temporal deixou nas ruas. Porém, o Simepar descartou esta possibilidade, já que as características do tornado são diferentes.

O tornado é um fenômeno atmosférico associado a uma nuvem de tempestade e condições muito instáveis de tempo. Ele é caracterizado por um funil formado a partir de ventos que giram em alta velocidade em torno de um centro de baixa pressão.

Depois disso, quando o funil toca o solo, é então que o fenômeno recebe o nome de tornado. Os ventos dos tornados podem superar a velocidade de 400 km/h, adquirindo grande poder de destruição.

Danos à estrutura do Centro de Eventos. Foto: reprodução.

Foi uma microexplosão?

Outra possibilidade apontada pelos especialistas é que Ponta Grossa poderia ter sido atingida por uma microexplosão.

De acordo com o meteorologista do Simepar, William Max, a microexplosão é quando uma corrente de ar despenca em linha reta, como um “corredor de vento”, sem apresentar espiralidade, sobre uma determinada área.

“Pela análise das fotos do temporal em Ponta Grossa também não tivemos a microexplosão. Foi uma tempestade severa, com ventos de 63 km/h. Não é um fenômeno incomum nessa época do ano”, explica o especialista.

Ainda segundo informações do meteorologista, caso a microexplosão tivesse passado por Ponta Grossa, mais estragos teriam ocorridos, principalmente, com a queda de árvores.

“Se essas tivessem deitadas também, aí teríamos uma micro explosão mesmo”, aponta o meteorologista do Simepar, William Max

Quantos atingidos?

A atualização do Corpo de Bombeiros na manhã desta segunda-feira (20) aponta os seguintes dados:
Total estimado de residências afetadas: 161

Total estimado de pessoas afetadas: 650

Total de queda de árvores: 89 (48 ainda pendentes de corte e retirada)

Leia mais: Ponta Grossa calcula estragos após terceiro temporal em 40 dias

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