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PG terá 1,5 mil vagas no sistema prisional

Em até dois anos, mais de 1500 vagas deverão ser implantadas no sistema penitenciário de Ponta Grossa. O anúncio foi feito pelo diretor geral do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR), Luiz Alberto Cartaxo Moura, durante a solenidade de instalação da Seção de Operações Especiais (SOE) no município, um grupo de elite que vai atuar como primeiro interventor em situações de crise no sistema prisional.

Na ocasião, Cartaxo disse que o governo do Estado está ciente da falta de vagas nas cadeias de Ponta Grossa, além dos municípios da região e que ações emergenciais já estão sendo tomadas para amenizar o problema até a construção da nova cadeia pública.

"A região é muito carente de vagas e nós estamos trabalhando fortemente em três frentes: com a criação das celas modulares ('shelters') dentro do presídio Hildebrando de Souza, com 120 vagas; a construção da nova cadeia pública, um projeto maior e mais longo com 850 vagas e a construção de um Centro de Triagem, com 520 vagas", disse o diretor do Depen.

Com relação à construção da nova cadeia, Cartaxo destacou que as obras deverão iniciar ainda em meados desse ano. "Nós estamos analisando a doação de um terreno pela Prefeitura de Ponta Grossa para a implantação de um Centro de Triagem. A construção será feita a partir da ordem de serviço e, a partir do momento que as obras forem iniciadas, a previsão de entrega será em até quatro meses", destacou.

Já as celas modulares serão equipadas com camas, banheiro e têm capacidade para até seis presos. O diretor do Depen confirmou que o governo já deu início à terraplanagem do terreno, localizado ao lado do 'Hildebrando', para a instalação nos próximos meses.

Grupo SOE

Composta por uma equipe de 23 agentes penitenciários, o grupo SOE de Ponta Grossa atuará em penitenciárias e cadeia públicas de toda a região. No Paraná, o grupo está presente em Curitiba e Região Metropolitana, Londrina, Maringá e Cascavel. Para compor o SOE, os agentes passaram por uma seleção interna e extremamente rígida, que incluiu provas teóricas, físicas, e de investigação social.

O trabalho da equipe estará focado em casos de princípio de tumulto, crises ou rebeliões, como também vistorias e pentes-finos dentro das carceragens, com o apoio de outras forças de segurança como o Choque da Polícia Militar, por exemplo.

Os profissionais vão trabalhar com armamentos não letais específicos para ambientes anti-motim, como bomba de gás, spray de pimenta e balas de borracha. Ainda durante a solenidade ocorrida em Ponta Grossa, quatro caminhonetes foram entregues para a equipe.

"A instalação do SOE era uma prioridade, pois trata-se de mais uma base importante, um grupo de intervenção rápida dentro dos presídios e que era muito aguardado para Ponta Grossa", concluiu Cartaxo.

Grupo SOE vai contar com 23 agentes penitenciários em Ponta Grossa (Foto: José Aldinan)

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