A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou nesta semana mais 134 casos e sete óbitos em decorrência da gripe H3N2 no Paraná. As informações foram extraídas por meio do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL). Das sete mortes oficializadas pelo Estado, duas são de ponta-grossenses. Além disso, a Sesa informou que uma morte que havia sido contabilizada em Curitiba foi transferida para Ponta Grossa. Com a alteração, a maior cidade dos Campos Gerais chega a cinco óbitos pela variante da Influenza.
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Diante dos dados fornecidos pelo Estado e pelo Município, é possível afirmar que em janeiro Ponta Grossa tem até esta quarta-feira (26) mais falecimentos por gripe do que por covid-19.
Apesar da maior taxa de infecção, o coronavírus matou neste mês três residentes da cidade. Há um quarto óbito em análise pelas autoridades da saúde. Mesmo se confirmado, ainda não alcançaria as mortes atribuídas à H3N2 neste mês.
Em relação à taxa de letalidade no mês de janeiro em Ponta Grossa, a covid tem 0,03%. Por outro lado, a Influenza alcança a marca de 10%, visto que até o momento 50 casos foram oficializados pela Sesa na cidade.
Perfil dos óbitos
Os três novos óbitos por gripe em Ponta Grossa são de pessoas idosas. A primeira paciente morreu no dia 18 de janeiro, tinha 81 anos de idade, havia se vacinado contra Influenza no ano passado, estava internada e não teve o remédio Tamiflu administrado.
No mesmo dia, um ponta-grossense de 74 anos entrou em óbito no hospital. Ele não havia se vacinado contra Influenza e não recebeu o Tamiflu.
No dia seguinte, 19 de janeiro, houve a quinta morte em Ponta Grossa por contaminação pela H3N2: uma senhora de 81 anos faleceu após ser internada. Ela não havia tomado a vacina contra Influenza na última campanha. Diferente dos demais pacientes, a idosa tomou o Tamiflu, mas não foi suficiente para interromper o agravamento da doença.
Região
Em municípios das redondezas de Ponta Grossa, abrangidos pela 3ª e 4ª Regionais de Saúde, também há óbitos relatados em decorrência da H3N2.
Os casos fatais ocorreram em Ipiranga (3ªRS), Palmeira (3ªRS), São João do Triunfo (3ªRS) e Teixeira Soares (4ªRS). Na 21ª Regional de Saúde, sediada em Telêmaco Borba, não há oficialização de mortes. Em contrapartida houve episódios do vírus em Imbaú, Ortigueira, Reserva e Telêmaco Borba.
PG tem 791 novos casos de covid
O boletim de Ponta Grossa informou na tarde de ontem (26) a inclusão de 791 novos casos de covid-19. O documento também contabilizou uma nova morte confirmada pela doença e outra adicionada à lista de suspeitas. Assim, há três óbitos oficiais por covid em janeiro.
Com as estatísticas atualizadas, Ponta Grossa chega a 62.685 casos de covid desde o começo da pandemia. Desses, 6.385 pessoas estão com o vírus ativo. Ao todo, 1.452 ponta-grossenses perderam a vida. O boletim contabiliza 8 óbitos suspeitos que estão em análise pelas autoridades.
Nas últimas horas, o número de internamentos teve pequena elevação em Ponta Grossa, passando de 20 para 21 pacientes. Desses, 15 estão em Enfermaria e outros 6 são atendidos por Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Homicídios lideram no comparativo
Numa comparação entre as doenças com sintomas respiratórios e a violência em Ponta Grossa, a segunda tem sido mais letal desde a virada do ano. Enquanto a cidade perdeu 8 pessoas para os vírus da covid e da gripe, a criminalidade fez 12 vítimas em 26 dias. Só nesta quarta-feira duas pessoas foram mortas a tiros na cidade, ampliando o cenário da violência.