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PG reduz em 30% número de gestantes adolescentes

Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Grossa, a pedido do Diário dos Campos, revelou que houve uma redução significativa no percentual de gestantes adolescentes na cidade, nos últimos quatro anos. Conforme análise de dados colhidos junto ao Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, em 2015 as gestantes com menos de 18 anos correspondiam a pouco mais de 9% do total de grávidas atendidas pelo sistema de saúde. Em 2018, o percentual havia caído para 6,63%. Em números gerais, esse público era de 488 jovens e, em quatro anos, foi reduzido a 345, representando uma queda de 29,3%.

A estatística é importante porque, conforme detalhado pela assessoria de imprensa da prefeitura, incluem todas as gestantes, incluindo as vinculadas ao SUS, aos convênios e ao atendimento particular. Para a secretaria, esse resultado é decorrente do trabalho realizado nas UBS, que procura incentivar o planejamento familiar. Os programas são através dos grupos de orientação. Todas as UBS trabalham com planejamento familiar, para evitar gestações não planejadas, além dos grupos de gestante que duram todo o pré natal.

Ações como essa ocorrem porque a gestação precoce traz uma série de impactos, tanto para a mãe como para o bebê, e envolvem condição socioeconômica, despreparo emocional e fisiológico para enfrentamento das mudanças inerentes dessa fase.

 

Menarca

A professora Larissa Schade coordena o projeto Menarca, desenvolvido com jovens estudantes do colégio Sepam, de Ponta Grossa. O trabalho já é realizado desde 2002, e leva as alunas até escolas públicas e centros de atendimento a jovens infratores, onde realizam palestras de orientação como forma de prevenir novos casos de gravidez na adolescência. Para ela, o projeto pode ter colaborado com a redução no número. “É um projeto de responsabilidade social que dá certo (…), que fala de valorização das meninas e prevenção dea gravidez na adolescência. E meninas de 14 anos tiram dúvidas com as meninas de faixa etária parecida para perguntar questões nas quais têm dúvidas”.

 

Pré-natal

Danieli Cristina Pedroso, aos 40 anos, está grávida pela segunda vez. Ela explica que planejou tudo certo, para depois de completados seus 18 anos. Mas as tentativas não foram frutíferas e ela acabou descobrindo a necessidade de retirar o ovário, já após os 30 anos, devido a um cisto e um mioma. Durante o tratamento preparatório para a operação, uma surpresa, Danieli ficou grávida de Artur. A gravidez, considerada de risco, acabou dando a ela o primeiro filho, e o que ela considera um milagre, já que os novos exames revelaram que o problema havia sumido. “Na verdade, não era para eu engravidar e eu poderia ter problemas em uma eventual gestação. Mas, agora, em outubro, descobri que estou grávida novamente”, diz Danieli, agora à espera de Ana Júlia. O pré-natal foi fundamental para garantir que Artur viesse saudável. A menina que está a caminho também é observada com atenção. Sua chegada é prevista para junho.

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