Após dois finais de semana seguidos de mortes violentas, Ponta Grossa não teve registros de homicídios no último sábado (30) e domingo (31). Casos de execuções na cidade estão chamando a atenção da população e, principalmente, da Polícia Civil que investiga o perfil semelhante das mortes ocorridas nas últimas semanas.
Nos dias 16 e 17, um adolescente de 15 anos e um servente de pedreiro, de 35 anos, foram mortos a tiros na cidade. Na semana seguinte, foram mais dois óbitos registrados. As vítimas eram um comerciante, de 38 anos, que foi baleado no dia 21 e um pintor, de 22 anos, morto na frente da casa de um amigo na madrugada do dia 23.
Todos essas mortes, com características de execuções, entraram na linha de investigações da Polícia Civil, que vem trabalhando na tentativa de solucionar os homicídios premeditados ocorridos nos últimos quatro meses.
Em entrevista ao Diário dos Campos, o delegado-chefe da 13ª Subdivisão Policial (SDP), Nagib Nassif, afirmou que a disputa de território para a comercialização de drogas em Ponta Grossa faz parte do contexto de 90% das execuções do segundo semestre deste ano.
Conhecidos
Ainda na semana passada, a Polícia Civil tornou público três nomes: Erick Henrique as Silva Rocha, José Raylan de Lima e Eduardo Ferreira. Eles foram, até o momento, as conclusões das equipes sobre a autoria da maioria das mortes registradas na cidade neste ano.
Segundo a Polícia Civil, os três são suspeitos de cometer 24 homicídios, 21 deles ocorridos em 2021, o que corresponde a 38% dos assassinatos ocorridos neste ano. O trio está sendo procurado e denúncias podem ser feitas de forma anônima para o 197 ou (42) 99807-9691 da Polícia Civil.