Em 2021 Ponta Grossa pagou e recebeu US$ 2,38 bilhões através de transações internacionais, US$ 776,15 milhões a mais do que em 2020. Em termos percentuais, a variação do comércio exterior de PG é de 48%. Os dados foram revelados ontem (6) pelo Governo Federal e também apontam que o crescimento do comércio exterior da cidade a fez subir posições nos rankings estadual e nacional.
Dentre as maiores cidades do interior do estado, Ponta Grossa foi a que mais viu crescer o saldo da sua balança comercial em 2021: +20,9%, fechando o ano com US$ 552,6 milhões exportados a mais que importados. A única outra grande cidade que obteve alta neste quesito foi Cascavel, com +5%.
Em contrapartida, as quedas foram mais acentuadas conforme o tamanho do município: em Maringá a balança comercial diminuiu 9,3%, em Londrina 25,75% e Curitiba viu o seu saldo despencar 58% em 2021, no comparativo com 2020. As duas últimas, que são as mais populosas do estado, importaram mais do que exportaram em ambos os anos, ficando com o saldo negativo.
Exportações
Ponta Grossa exportou US$ 1,47 bilhão em 2021, 42,1% a mais do que em 2020. Com isso, ultrapassou São José dos Pinhais e se tornou a quarta maior exportadora do Paraná. Enquanto que no primeiro ano de pandemia foi responsável por 5,9% de todo o valor vendido ao exterior pelo estado do Paraná, no ano passado representou 7% deste total.
A nível nacional, subiu de 39ª maior exportadora para 37ª.
O valor obtido com a soja, como óleo ou seus resíduos e in natura, ainda que triturada, corresponde a 77,2% de todas as vendas do comércio exterior de PG.
Os países que mais investem em compras de Ponta Grossa são asiáticos: Coréia do Sul (14% do valor total), China (13%) e Índia (9%). Na sequência estão os europeus França (7,9%) e Eslovênia (5,9%).
Importações
Já em relação aos produtos comprados de outros países, o montante total foi US$ 918,08 milhões, 58,9% a mais do que em 2020. O resultado fez Ponta Grossa subir para a quinta posição estadual, ultrapassando Londrina, e responder por 5,4% das importações do estado – em 2020 eram 4,9%.
Máquinas, aparelhos e suas partes foram quase um terço (31%) dos produtos importados pela cidade. Em segundo lugar vem a soja (17%) e na sequência adubos (13,2% e componentes veiculares (9,4%).
O país do qual Ponta Grossa mais importa produtos é o Paraguai (17%), seguido da Alemanha (15%), China (13%), Holanda (9,4%) e Arábia Saudita (6%).
Dólar
Parte da alta do comércio exterior de PG se deve à valorização do dólar – mas a variação da moeda foi bem menor que a variação do desempenho da cidade. Em 2021 o dólar registrou a quinta alta anual seguida, acumulando uma valorização de 7,47% em relação ao real. Em 2020 a alta havia sido de 29,36%, em 2019 de 3,5%, em 2018 de 16,92% e em 2017 de 1,99%.
PG bate seus próprios recordes no comércio exterior
Em 2021 Ponta Grossa também bateu os seus próprios recordes, nominalmente (sem o desconto da inflação). Foi o ano em que a cidade mais importou em toda a sua história – pelo menos desde 1997, quando inicia o balanço disponibilizado pelo Governo Federal – e também quando se teve o maior valor em exportações desde 2008 – portanto, segundo melhor da história.
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