Em meio a notícias envolvendo uso de máscaras, vacinação contra o coronavírus e superlotação de hospitais por pacientes com covid-19, o mosquito Aedes aegypti voa baixo em Ponta Grossa, aparentemente alheio à pandemia. Segundo a Prefeitura, em pouco mais de sete meses, já foram localizados 194 criadouros do inseto, transmissor da dengue, febre amarela e chikungunya.
Aparentemente, o cenário inédito, no qual um vírus mutante altamente contagioso se espalha pelo ar e muda todas as rotinas ao redor do mundo, fez a população deixar um pouco de lado a preocupação com as endemias. Mas, o índice de infestação predial do último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypit (LIRAa) foi de 0,4, considerado dentro do ideal – quando abaixo de 1.
Os agentes
De qualquer forma, para evitar que o Aedes ganhe mais terreno em Ponta Grossa, 52 agentes de combate às endemias circulam pela cidade. Com auxílio dos agentes comunitários, eles percorrem terrenos baldios, cemitérios, batem à porta de residências e procuram orientar os ponta-grossenses sobre os cuidados necessários.
“Os Agentes de Combate às Endemias (ACES) que estão lotados nas unidades de saúde fazem a cobertura da sua respectiva área e as áreas onde não possuem ACES são cobertas pelos agentes lotados na Coordenação de Controle de Zoonoses”, detalha o médico veterinário, coordenador da Zoonoses, Leandro Inglês.
Os cuidados
As informações são básicas, e costumam estar na ponta da língua das crianças em idade escolar. O problema são os adultos. Os pneus com água empoçada da chuva, os vasinhos de plantas esquecidos no quintal, podem explicar os 11 casos autóctones de dengue e um de chikungunya da cidade. Houve ainda outros seis de dengue e um de chikungunya foram importados, com vírus contraídos em outros municípios e diagnosticados na cidade.