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PG busca grandes geradores de resíduos para ampliar coleta de orgânicos

Usina termoelétrica a biogás está recebendo menos de 17% da sua capacidade diária

Usina municipal começou a operar no início deste mês no Distrito Industrial (Foto: Arquivo DC)

A Usina Termoelétrica a Biogás (UTB) de Ponta Grossa começou a operar no início do mês no Distrito Industrial com capacidade instalada de processamento de até 12 toneladas de resíduos orgânicos por dia, podendo receber até 30 t/dia – mas, o que se vê duas semanas após a sua abertura, é um número bem inferior: segundo a Prefeitura Municipal, neste momento está sendo feito o processamento de aproximadamente 5 toneladas/dia.

Este número representa menos de 17% da capacidade diária de recebimento se resíduos e menos de a metade (42%) da capacidade diária de processamento da Usina.“O uso da usina está sendo ampliado gradativamente. Para alcançar a capacidade de 30 toneladas/dia será preciso ampliar esta coleta”, disse a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) à reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais.

Neste primeiro momento a coleta está iniciando focada em grandes geradores de resíduos, como supermercados e restaurantes, por exemplo. De início, 75 estabelecimentos foram incluídos na rota de coleta especial – mas a intenção do Município é ampliar o serviço. “A SMMA está entrando em contato com os grandes geradores, mas interessados, que produzam no mínimo 100 litros de resíduo orgânico/dia, podem também entrar em contato com a SMMA pelo 3220-1000 – Ramal 2308”, afirma a prefeitura.

Coleta 

A coleta nos estabelecimentos cadastrados vem ocorrendo alternadamente em cada região: nas segundas, quartas e sextas-feiras ou nas terças, quintas e sábados. O serviço é feito por um caminhão próprio da usina, que tem capacidade para transportar até 7 toneladas de resíduos por viagem, é 100% elétrico e abastecido com a energia gerada no local. 

Na semana passada a Prefeitura também anunciou que o óleo de cozinha usado pode ser utilizado na conversão da usina. Para isso, a SMMA instalou um ponto de coleta fixo na sua sede e adaptou os caminhões de coleta de resíduos para que os coletores também recolham este material juntamente com o descarte de orgânicos. Para descartar o óleo de cozinha usado corretamente, é preciso apenas despejar o líquido em uma garrafa pet e deixar junto com os demais resíduos no dia e horário que o caminhão costuma passar na sua região ou levar no ponto fixo na SMMA.

Uso da energia

A intenção da UTB é utilizar a energia elétrica gerada pelo processamento dos resíduos orgânicos para abastecer o consumo de prédios públicos como o Hospital Municipal Amadeu Puppi, o Hospital Materno-Infantil da UEPG, a UPA Sant’Ana e o prédio sede da administração pública (Paço Municipal).

Mas, com o baixo volume de resíduos coletados até então, a Usina tem gerado energia suficiente apenas para abastecer a sua própria estrutura – incluindo o caminhão elétrico.

Usina da Castrolanda recebe licença de ampliação

Em Castro outra usina foi inaugurada no ano passado, mas pertencente à iniciativa privada. A Unium, união das cooperativas Castrolanda, Frísia e Capal, investiu em uma usina de biogás voltada à produção de energia elétrica e biometano – combustível que pode ser utilizado tanto para abastecer veículos, quanto substituir gases usados no processo industrial.

A usina iniciou com capacidade de 1 MW e na semana passada a cooperativa Castrolanda conseguiu uma Licença de Instalação de Ampliação para um biodigestor utilizado na produção de energia. O documento, assinado pelo Instituto Água e Terra (IAT), prevê a incorporação em solo agrícola de 19 mil kg por dia de lamas e lodos de digestores de tratamento anaeróbio (sem oxigênio) de resíduos animais e vegetais.

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