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PG amplia coleta seletiva para 70% da população

Ponta Grossa deve reciclar, dentro dos próximos meses, 10% de todo o lixo que produz. Essa é a estimativa da prefeitura que, na tarde de ontem, anunciou a ampliação do programa Ponta Grossa Sustentável, com a coleta seletiva. O recolhimento de materiais recicláveis porta a porta, que acontecia somente em cinco regiões da cidade, agora passa a acontecer em 22 regiões. O sistema, que até agora atendia 50 mil pessoas, com a mudança deve beneficiar 220 mil pessoas.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Barros, foram analisadas as rotas e materiais recolhidos pelos caminhões, e foi percebido que ele poderiam ter seu uso otimizados.

"Reduzimos a coleta no Centro, que era diária, para duas vezes por semana. Isso permitiu que outras 17 áreas pudessem ter acesso á coleta porta a porta, ao menos uma vez por semana", disse. Segundo ele, não foi preciso aumentar a frota, nem as equipes, mas apenas trabalhar melhor com aquilo que já estava disponível.

Também na tarde de ontem, o coordenador de marketing da prefeitura, Marcos Tonin, detalhou os contornos da nova campanha educativa para a reciclagem na cidade. O ponto de partida será o PEVman, mascote baseado no PACman, clássico jogo de videogame da década de 1980, que terá a tarefa de ensinar à população como fazer a correta separação de materiais. Para isso, o personagem irá estampar a nova identidade visual dos cerca de 130 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) espalhados em pontos estratégicos da cidade e em supermercados parceiros, e que possibilitam a potencial coleta seletiva em 100% da cidade. Os locais de PEVs e horários e trajetos de coleta podem ser conferidos no site smma.pontagrossa.pr.gov.br.

 

Campanha

Com a ampliação da coleta porta a porta e a otimização do uso dos PEVs, a prefeitura estima que fará, dentro de um ano, a reciclagem de aproximadamente 1 mil toneladas de resíduos ao mês, uma quantidade significativa, considerando que se estima em 9,9 mil toneladas de lixo produzido mensalmente no município. A criação de cartilhas, jogos educativos e outras ações de orientação devem possibilitar a coleta em horários corretos, com a devida separação. Isso também deve beneficiar as quatro associações de catadores de recicláveis existentes na cidade, compostas por cerca de 100 profissionais. Também tem continuidade o programa Feira Verde, que troca recicláveis por alimentos.

 

Propostas viáveis

O prefeito Marcelo Rangel lembrou que foi em sua gestão que a coleta seletiva foi retomada, após a cidade ficar por vários anos sem o serviço. “Estamos vendo a transformação de Ponta Grossa em uma cidade extremamente sustentável”, comentou. O diretor da PGA, que realiza a coleta de resíduos na cidade, exultou as mudanças anunciadas. “A reciclagem de mil toneladas ao mês é factível, e aí os resíduos passam a ser matéria-prima para os catadores, e deixa de ir ao Aterro Botuquara”, disse. O empresário Edilson Gorte, representante da diretoria da Acipg, ofereceu sugestão para ampliar o alcance do personagem PEVman, criando um jogo virtual interativo para smartphone.

 

Substituição ao Botuquara

A Prefeitura tem o compromisso de encerrar as atividades do Aterro Botuquara, conforme prazo acordado com o Ministério Público, em dezembro de 2018. Para isso, no entanto, deve providenciar a contratação de serviços para uma nova destinação final dos resíduos sólidos. O processo licitatório está suspenso desde o final de fevereiro, devido a pedidos de impugnação. O novo sistema de tratamento de resíduos poderá ser o térmico, o aterro sanitário, centro de triagem e recepção (CTR) com recuperação de energia, ou CTR com separação mecânica de resíduos com compostagem. O processo licitatório deve ser retomado dentro de aproximadamente 25 dias.

Barros: “Queremos reciclar mil toneladas de lixo ao mês” (José Aldinan)

 

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