Um grupo de estudos iniciou nesta terça-feira (22) um trabalho que deve durar 12 meses e tem a proposta de traçar o diagnóstico, apontar eventuais problemas e propor melhorias no uso e preservação da Bacia do Alagados. A iniciativa da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) engloba diálogos com a comunidade do entorno da bacia, verificações in loco e previsão de medidas práticas para os próximos meses. Ao todo, serão envolvidas 907 propriedades da região.
De acordo com Crislaine Mendes, gestora de educação socioambiental da Sanepar, nesta quarta-feira (23) houve a reunião com o Conselho Municipal de Meio Ambienta (Comdema) em Ponta Grossa. Mas o projeto envolve também Castro e Carambeí.
“Embora a captação da água do Alagados seja direcionada apenas para consumo em Ponta Grossa, a bacia do Alagados está, em sua maior parte, nos municípios de Castro e Carambeí”, informou Crislaine.
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Em paralelo à reunião com o conselho, equipes treinadas iniciaram nesta terça-feira (22) o trabalho de pesquisa socioambiental diagnosticada, visitando todas as propriedades rurais do entorno que possuem Cadastro Ambiental Rural (CAR). “Ao todo, são 796 propriedades em área rural e 111 em núcleos urbanos nos quais a Sanepar tem abastecimento, especificamente nas localidades de Apabam e Tronco, em Castro”, explicou.
Essas comunidades são contribuintes no que se refere aos impactos da bacia, e também passarão por abordagens domiciliares, seguidas de reuniões comunitárias. Ao todo, serão 18 reuniões comunitárias de diagnóstico, cada uma com representantes de 45 propriedades, que apontarão problemas e dificuldades envolvendo impactos e anseios dessas pessoas. Num segundo momento, serão feitas mais 18 reuniões com os mesmos grupos, com propostas de intervenção.
Crise hídrica
O diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Julio Gonchoroski, explica que a crise hídrica dos últimos dois anos exige ações por parte da Companhia, comunidade e poder público. “A Sanepar selecionou 14 bacias hidrográficas que reúne 26 municípios do estado. O grande objetivo é conversar com agricultores, empresários para discutirmos a preservação desses lugares. A conservação e segurança da água. Toda essa crise hídrica mostrou que é necessário bem manejar os mananciais”.