Uma usuária do transporte coletivo de Ponta Grossa procurou a reportagem DCmais/Diário dos Campos para relatar os transtornos que passageiros do Costa Rica 3 têm ao utilizar os serviços de ônibus. As queixas dela se aplicam principalmente a trabalhadores e estudantes que precisam embarcar por volta das 6h da manhã.
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Superlotação em ônibus de PG
Segundo a mulher, que não quis ser identificada pela reportagem, os pontos de embarque da comunidade ficam lotados antes mesmo dos veículos chegarem. Ela afirma que passa um veículo às 6h20, outro às 6h45 e depois só no horário de pico. “É lotação nos pontos, povo vai amontoando nos ônibus, isso é desumano. Pagamos para andar de ônibus, mas não nessa situação”, desabafa.
Assédio no interior do veículo
Ela relatou que sua filha já sofreu assédios sexuais no ‘tumulto’ que ocorre no interior do coletivo. “As pessoas vão amontoadas, uma trepando na outra. Minha filha pega ônibus cedo, nesse horário. Até assediada no ônibus ela já foi, porque vai muita gente, aí acham que podem ficar passando a mão nas meninas novas”, relata.
Retirada dos cobradores da linha
Para ela, a retirada dos cobradores da linha Costa Rica piorou a qualidade do serviço. “O motorista para em todos os pontos, agora sem cobrador, tá bem mais complicado. Demora mais o ônibus para chegar no terminal e todo dia minha filha chega atrasada”, conclui.
Retornos dos responsáveis pelo transporte coletivo
A Viação Campos Gerais (VCG) e a Prefeitura de Ponta Grossa foram procuradas para comentar as queixas da usuária.
Segundo a VCG, a decisão das retiradas de cobradores é irreversível, está em discussão desde 2006 e segue todos os princípios legais. A assessoria da companhia também disse que a tendência em PG acompanha as demais cidades médias e grandes do Brasil e foi realizada em concordância com o sindicato da categoria. Por fim, afirmou que a imensa maioria da bilhetagem nos ônibus de PG hoje é feita de forma eletrônica.
De acordo com o Departamento de Transportes, da Secretaria Municipal de Planejamento e Infraestrutura, as demandas do transporte coletivo do Costa Rica estão sendo acompanhadas, juntamente com outros residenciais como o Londres e o Lagoa Dourada, bem como o cumprimento de horários, com o intuito de planejar novo ajuste para a região.