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Pandemia aumenta divórcios e diminui casamentos em Ponta Grossa

Quantidade de divórcios já vinha crescendo na cidade, mas total de casamentos caiu bruscamente

A pandemia mudou a rotina da maior parte da população, que passou a ficar mais tempo em casa. Com o aumento da convivência, aumentaram também os conflitos e, consequentemente, as separações: nos últimos cinco anos Ponta Grossa vem registrando crescimentos progressivos no total de divórcios, chegando ao ápice em 2020 – mesmo ano que teve a menor quantidade de casamentos do período.

Os números são da base de dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), abastecida em tempo real pelos Cartórios de Registro Civil do País.

Em 2021 a tendência seguiu a mesma, apesar de um pouco mais branda: ainda que o primeiro semestre tenha sido o com a menor quantidade de divórcios registrada nos últimos cinco anos, segundo o Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen/PR) este foi o semestre com o segundo menor número de casamentos desde o início da série histórica, ficando atrás apenas do primeiro de 2020.

“Embora 17,6% menor que a média histórica de casamentos no primeiro semestre em Ponta Grossa, o número de matrimônios em 2021 mostra uma pequena recuperação em relação às celebrações do ano passado, fortemente impactadas pela chegada da pandemia que adiou cerimônias civis em virtude dos protocolos de higiene necessários à contenção da doença”, avalia o Irpen/PR.

Casamentos x natalidade

Dados fornecidos pelo Irpen/PR também apontam que, desde o início da série histórica dos dados estatísticos dos Cartórios de Registro Civil em Ponta Grossa, em 2003, nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como neste ano de 2021, resultando na menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos nos primeiros seis meses do ano.

“Por mais que não seja a regra, a série histórica do Registro Civil demonstra que o aumento no número de casamentos está diretamente ligado ao aumento da taxa de natalidade em Ponta Grossa, o que deve fazer com que os nascimentos ainda demorem um pouco a serem retomados”, aponta o Instituto.

O resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre no município, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos. A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 1.659 nascimentos a mais, caiu para apenas 308, uma redução de 81,4% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 80,9%, e em relação a 2019 foi de 82,4%.

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