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Pandemia amplia problema de cabos soltos em postes de PG

Legenda (José Aldinan): Copel prevê ação de fiscalização em Ponta Grossa no final deste mês.

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) programou para a segunda quinzena deste mês uma nova ação de fiscalização e regularização do uso de postes em logradouros públicos de Ponta Grossa. A iniciativa será similar a outra realizada em novembro, quando funcionários percorreram algumas regiões da cidade, buscando identificar e corrigir o problema de cabos soltos ou sobrando na rede. Segundo a Copel, o fenômeno não é exclusividade de Ponta Grossa, ocorre em todo o país, e tem relação com a pandemia.

De acordo com Oneil Schlemmer, gerente da área de Compartilhamento de Estruturas da Distribuição, a situação é tão preocupante que, em maio, a companhia viu a necessidade de criar um setor específico para tratar desse assunto. “A pandemia levou muitas pessoas a usarem mais a internet e TV a cabo. Elas precisaram de uma tecnologia melhor, e isso provocou um ‘boom’ na procura por serviços de provedores de internet. Muitos cabos deixaram de ser usados, por serem tecnologia antiga”, diz.

Schlemmer explica que a Copel tem a obrigação, conforme regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de fornecer os postes para uso dessas empresas, assim como a responsabilidade pelo controle e fiscalização. Cada poste pode receber cabeamento de mais quatro empresas – além da rede elétrica da Copel. Mas isso não significa mais quatro cabos.

“Essas empresas deveriam manter os cabos organizados, mas acabam deixando esses fio sobrando. Às vezes, um caminhão passa e deixa o cabo solto, ou técnico de outra empresa, sabendo quais fios já não são usados, desprende os antigos para colocar novos, deixando os demais”, comenta Schlemmer, descrevendo alguns casos comuns.

Cabos soltos

O resultado já é conhecido. Em praticamente todas as regiões de Ponta Grossa, os cabos estão pendendo de postes ou enrolados de forma desordenada nas alturas. Segundo o gerente, a situação é ainda mais grave em outros estados. No Paraná, como a fiscalização se intensificou em maio, ainda não existe um levantamento fechado que permita quantificar o problema em cada município. “Mas, normalmente, os municípios que exigem mais trabalho são os mais populosos”, diz.

Fiscalização

A população pode ajudar, informando à Copel quando identificar o problema, através do 08000-5100116. No entanto, a Copel só corta cabos soltos de telecomunicações quando há risco grave. Do contrário, a companhia notifica e, quando é o caso, multa a empresa responsável pelo uso do cabo, o que exige um trâmite burocrático que pode demorar. Outro agente complicador é que são 40 funcionários que realizam a fiscalização e correção em todo o Paraná. Eles executam os serviços de forma itinerante. Para 2022, a Copel planeja contratar mais gente, passando a contar com 12 equipes para atuar nesses trabalhos.

Arrecadação

De acordo com o setor de Compartilhamento de Estruturas da Distribuição da Copel, Ponta Grossa possui 62.618 postes de energia. Cada empresa, para fazer uso dos postes, paga cerca de R$ 6,40 ao mês pelo direito de fazer uso desses postes. Como cada poste permite até quatro empresas além da Copel, significa que a companhia arrecada em torno de R$ 19,2 milhões ao ano com a concessão de uso dos postes. A companhia informou que parte desses recursos é revertido ao consumidor, subsidiando os custos pagos pelo uso de energia elétrica.

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