As palestras do X Congresso de Educação seguem até quinta-feira (14) em Ponta Grossa. As inscrições ainda podem ser feitas pela plataforma Sympla. Até o dia 15, os profissionais da Educação do município e estudantes da área encontram a oportunidade de participarem de conferências onde são debatidos temas de alta relevância para o setor.
Entre as atividades do Congresso de Educação, para todos os segmentos do ensino, destacam-se as grandes palestras do período noturno, abertas ao público e que trazem à discussão os temas mais atuais e que servem como resposta a demandas imediatas para a educação no município.
Ao mesmo tempo, ao longo de todos os dias, são realizadas palestras, oficinas e outras atividades que aprimoram o trabalho e amplificam os resultados dos participantes, que se especializam em suas áreas de atuação e passam a contar com ainda maior repertório e recursos para melhorar o ensino que oferecem para seus alunos.
“Há vários anos, em nossos congressos, antecipamos em nossas discussões temas de alta relevância, que posteriormente transformam-se ou se intensificam como políticas públicas nacionais. Os temas tratados nestas palestras possuem aplicação direta em nossos CMEIs e Escolas, por isso a participação dos professores da nossa rede é essencial”, afirma a secretária de Educação, professora Simone Pereira Neves. “Temas como a educação em tempo integral, a escolha democrática de diretoras e diretores, a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a educação especial inclusiva, a equidade e agora a inovação, são temas que discutimos com antecedência e que nos fazem estar vários passos adiante em sua aplicação”, observa Simone.
As inscrições seguem abertas para os encontros, que ainda contam com as últimas vagas. As presenças oferecem certificação e contam como parte das atividades de formação continuada dos professores, podendo ser utilizadas na evolução profissional dentro da Secretaria Municipal de Educação. As palestras também são abertas ao público externo, sempre de maneira gratuita.
A programação completa contempla todos os segmentos da educação e pode ser encontrada no site da Secretaria de Educação.
Inscrições para as grandes palestras
Terça, dia 12, 19h
Anna Penido (Centro Lemann): Educação com Equidade, inovação e protagonismo infantil. Público-alvo: Profissionais da Educação, comunidade acadêmica e demais profissionais interessados no tema. Acesse este LINK para se inscrever.
Quarta, dia 13, 19h
Dr. Alberto Barreto (UFCE): Saúde mental, terapias integrativas e escolas de paz. Público-alvo: Profissionais da Educação, Profissionais da Saúde, comunidade acadêmica e demais interessados no tema. Acesse este LINK para se inscrever,
Quinta, dia 14, 19h
Cíntia Azevedo Marques: Aprendizagem Criativa e o protagonismo infantil. Público-alvo: Profissionais da Educação, comunidade acadêmica e demais profissionais interessados no tema. Acesse este LINK para se inscrever.
Tecnologia para promover o desenvolvimento do aluno
Marcos Meier, professor e psicólogo, abriu as conferências do X Congresso na noite de sexta (08), orientando sobre o uso da tecnologia no desenvolvimento infantil. “Creio que a base é pensar no seguinte: use a tecnologia desde que ela faça o aluno ou o filho produzir, criar, interagir, fazer, escrever, resumir. Porque se tecnologia fizer com que o aluno não faça nada, a tecnologia vai fazer com que ele pare de se desenvolver. Então a chave é essa: use o máximo de softwares, aparelhos, desde que ele tenha esse caminho de tornar o aluno cada vez mais autônomo. Que ele possa tomar as próprias decisões, construir, fazer. Quando a gente atinge esse caminho, aí sim a tecnologia está valendo a pena. Senão a gente vai manter jovens casa vez mais dependentes de tecnologia e passivos diante do mundo, das decisões que precisam tomar, e assim por diante, o que é muito ruim.
Meier sustenta que a passividade diante das telas e a entrega de soluções prontas prejudica o desenvolvimento do aluno. Ele também destacou o videogame não como um vilão, mas como uma atividade que estimula a criança – sem exageros de uso – a desenvolver estratégias e alternativas para vencer no jogo e, sim, desenvolvendo o cérebro nesse processo, ao contrário de uma exposição massiva a conteúdos em vídeo, onde o comportamento tende a ser passivo, por exemplo.
“Claro que a gente espera que a tecnologia facilite a nossa vida. Mas nas escolas, durante o crescimento e formação, se a gente usar muito isso, vai facilitar e a gente não vai ter dificuldade para superar, desafios a conquistar e não vai ter problemas a serem resolvidos. Ou seja, o cérebro não precisa fazer nada. Se o cérebro não precisa fazer nada, ele para, não desenvolve de forma adequada. Então a gente muda esse quadro com tecnologia adequada para provocar o desenvolvimento”, orienta.