A UPA Santa Paula vai retomar os serviços do Pronto Atendimento Infantil (PAI) a partir do dia 27 de setembro. A informação foi dada ontem pelo secretário municipal e presidente da Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa, Rodrigo Manjabosco, em entrevista no estúdio do portal dcmais. O PAI atende situações que precisam de cuidados com maior urgência. “Uma criança com febre alta, que não se sabe o motivo, por exemplo”, citou.
Manjabosco lembrou que o Pronto Atendimento Infantil sempre funcionou na UPA Santa Paula, no entanto, com a pandemia e o crescimento de casos da doença em 2020, o serviço foi transferido para o então Hospital da Criança, que depois passou a ser chamado Hospital Materno-Infantil (Humai), com gestão da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Isso possibilitou reservar a UPA apenas para casos de doenças respiratórias.
“Em virtude dos arranjos que fizemos para os atendimentos de covid, esse atendimento infantil passou a ser absorvido pelo Humai, enquanto que a UPA Santa Paula atendeu somente os casos de covid. Com a reorganização da rede de urgência e emergência, o PAI vai retomar os atendimentos dentro da UPA Santa Paula no final deste mês”, disse o secretário.
O Humai permanecerá destinado a serviços de saúde considerados secundário e terciário, que recebe crianças que precisam de internamento hospitalar. “As Unidades Básicas de Saúde e o PAI que vierem a diagnosticar as crianças em estado grave vão realizar esse encaminhamento para o Humai. Os serviços de menor complexidade se apoiam naqueles de maior complexidade”, destacou.
Além dos PAIs, todas as Unidades Básicas de Saúde atendem crianças. “Os postos recebem e atendem crianças que realizam a puericultura e também atendem aqueles casos de urgência. O mesmo acontece com o PAI. A diferença é que a UPA é 24 horas e então os pais podem levar as crianças para este atendimento durante a madrugada, caso não queiram esperar até de manhã”, explica Manjabosco.
INSALUBRIDADE
O secretário municipal Rodrigo Manjabosco também falou sobre as manifestações dos servidores da saúde, que estão sendo realizadas desde o início da semana em defesa da manutenção do adicional de insalubridade. A categoria reivindica que a Prefeitura mantenha o adicional de insalubridade de 40% até o final deste ano.
“As mobilizações estão ocorrendo entre às 8h e 8h30 da manhã e, conforme acordo junto ao Sindserv, nenhum atendimento à população pode ser afetado. Vemos que os servidores estão cumprindo esse acordo e esperamos que se mantenha dessa forma”, observou.
Desde o ano passado, com o agravamento da pandemia e o aumento de risco à saúde para os profissionais da linha de frente, o Município passou a pagar 40% de insalubridade aos servidores que já tinham 20% e os que não tinham passaram a receber 20%. O corte geral é de 20%.
O secretário afirmou que o Município vai fazer o pagamento do adicional de insalubridade referente até o mês de agosto, mas observou que “a insalubridade é um direito do servidor e se ele achar que merece continuar recebendo pode se dirigir ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt) da Prefeitura e solicitar uma avaliação”.