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Pai ausente: total de crianças registradas sem pai bate recorde em Ponta Grossa

Dados dos cartórios apontam que mais de 500 crianças foram registradas sem o nome do pai durante a pandemia, índice que vem crescendo ano a ano

Foto que representa pai ausente
Foto: Divulgação

O número de crianças registradas somente com o nome da mãe bateu recorde durante a pandemia em PG. Já são mais de 500 bebês com registro de pai ausente em Ponta Grossa nos últimos dois anos, número que representa 1 a cada 10 recém-nascidos na cidade.

Os dados inéditos foram repassados à reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais pelo instituto que representa os Cartórios de Registro Civil, que destaca que os dados ganham ainda mais relevância pelo fato de a pandemia ter a menor quantidade de nascimentos no município. 

Além disso, os reconhecimentos de paternidade caíram 25% quando comparados os anos de 2020 e 2021. Outra queda verificada pelo levantamento mostra que os reconhecimentos de paternidade sofreram diminuição em meio à crise sanitária, passando de oito atos realizados em 2020, para seis em 2020 – decréscimo de 25% – em relação ao ano anterior.

  • 10.180 crianças nasceram em PG durante a pandemia
  • 506 foram registradas com pai ausente em Ponta Grossa

Paraná

Já no Paraná os dados levantados pelos cartórios de registro civil do país apontam que, nos quase dois anos completos de pandemia, mais de 13 mil crianças foram registradas somente com o nome da mãe na certidão de nascimento – número que representa 9% dos recém-nascidos no estado. 

Além disso, os reconhecimentos de paternidade caíram mais de 21% quando comparados a 2019, último ano antes da chegada da Covid-19. 

Como reconhecer a paternidade

Nos casos em que a iniciativa seja do próprio pai, basta que ele compareça ao cartório com a cópia da certidão de nascimento do filho, sendo necessária a anuência da mãe ou do próprio filho, caso este seja maior de idade. 

Caso o pai não queira reconhecer o filho, a mãe pode fazer a indicação do genitor no próprio Cartório, que comunicará aos órgãos competentes para que seja iniciado o processo de investigação de paternidade.  

Filiação socioafetiva

Caso a criança tenha 12 anos ou mais é possível realizar em cartório o reconhecimento da filiação socioafetiva, procedimento por meio do qual se reconhece a existência de uma relação de afeto, sem nenhum vínculo biológico, desde que haja a concordância da mãe e/ou do pai biológico. 

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